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Candidato Javier Milei tem se mantido na frente enquanto rivais enfrentam dificuldades para atrair mais votos

Javier Milei lidera pesquisas e tem chance de vencer na Argentina em 1º turno

Candidato Javier Milei tem se mantido na frente enquanto rivais enfrentam dificuldades para atrair mais votos

As eleições na Argentina entram na reta decisiva em outubro, e Javier Milei, candidato de extrema-direita, se mantém à frente. Mais votado nas primárias, em agosto, ele tem conseguido se manter como o principal nome da disputa, com possibilidade de vencer já no primeiro turno, no dia 22.

Segundo um compilado das últimas pesquisas divulgadas entre o fim de agosto e 1º de outubro, elaborado pelo jornal El País, Milei tem atualmente 35,3% dos votos, contra 30% de Sergio Massa, candidato governista e de esquerda, e 25,9% de Patrícia Bullrich, de centro-direita e ligada ao ex-presidente Mauricio Macri (2015-19).

Se os percentuais se manterem, haverá segundo turno entre Milei e Massa, a ser disputado em 19 de novembro.

No entanto, Milei tem rejeição mais baixa que os principais rivais. Uma das pesquisas, apontou que Milei pode chegar a 47,2% como máximo de votos e tem rejeição de 44,1%.

Já Bullrich tem teto de votos de 40,7%, com 47,9% de rejeição. Massa tem 37% de teto e 52,2% de rejeição. O estudo ouviu 4.072 pessoas, entre 25 e 28 de setembro.

Para vencer no primeiro turno, o candidato deve ter 45% dos votos – ou obter 40% com uma diferença superior a 10 pontos percentuais para o segundo colocado.

Todavia no último domingo, dia 1º, houve o primeiro debate presidencial na TV argentina, que teve audiência de mais de 40 pontos. Nenhum dos rivais de Milei teve um desempenho surpreendente.

Dólar dispara na Argentina

Uma possível vitória de Milei, ou mesmo a chance de segundo turno entre ele e Massa, tem levado o mercado a elevar a procura por dólares. Nesta quarta, a cotação paralela da moeda americana, chamada de dólar blue, subiu 35 pesos em um dia, para 845 pesos no começo da tarde. Na cotação oficial, a que poucos conseguem acesso, um dólar custa 365 pesos.

A alta da moeda puxada pela preocupação de investidores e bancos, que temem como ficará a situação da economia no dia seguinte à eleição e correm para aumentar suas reservas em dólares.

Mas também nesta quarta, um relatório do Banco Mundial alertou que a economia argentina deve ter queda de 2,5% este ano. A entidade também alertou que dolarizar a economia não funcionará se o país não tiver as contas públicas em ordem.

Milei defende dolarizar a economia da Argentina e acabar com o Banco Central, entre outras medidas radicais para tentar conter a inflação. Os economistas criticam esse ideai, porque consideram os planos como inviáveis.