Tensão na área aumentou após lançamento de um míssil balístico intercontinental pelos militares norte-coreanos esta semana e agora fala-se de ataque nuclear
O líder norte-coreano, Kim Jong Un, disse que seu país não hesitaria em lançar um ataque nuclear se um inimigo o provocasse com armas nucleares, informou a mídia estatal nesta quinta-feira (21).
Kim fez o alerta ao se reunir com soldados que trabalham para o departamento militar de mísseis. Ele parabenizou os militares pelo recente exercício de lançamento de um míssil balístico intercontinental (ICBM), realizado pela Coreia do Norte, informou a agência de notícias estatal KCNA.
Ele afirmou que o teste demonstrou a lealdade e a posição forte das forças armadas. Foi “uma explicação clara do modo de contra-ação ofensiva e da evolução da estratégia. Além da doutrina nuclear da RPDC para não hesitar até mesmo de um ataque nuclear quando o inimigo o provoca com armas nucleares”, pontuou KCNA.
RPDC
RPDC é a abreviatura do nome oficial da Coreia do Norte, República Popular Democrática da Coreia.
O governo norte-coreano anunciou esta semana que testou seu mais novo ICBM. Nesta segunda-feira (18), entretanto, avaliou a prontidão de guerra de suas forças nucleares contra a crescente hostilidade dos Estados Unidos.
Kim Jong Un disse que o lançamento de segunda-feira, mostrou a alta mobilidade e a capacidade de ataque rápido dos militares. Ele apelou a esforços para fortalecer ainda mais a sua eficiência de combate, informou a KCNA.
Os principais diplomatas dos EUA, Coreia do Sul e Japão emitiram na quarta-feira (19) uma declaração conjunta condenando os recentes lançamentos de mísseis balísticos da Coreia do Norte. Portanto, pediram que Pyongyang inicie um “diálogo substantivo sem condições prévias”.
A irmã do líder norte-coreano, Kim Yo Jong, condenou o Conselho de Segurança da ONU, por realizar uma reunião sobre o lançamento do míssil, destacando que o teste é um exercício do direito do país à autodefesa.
Estados Unidos, a Coreia do Sul e o Japão realizaram um exercício aéreo conjunto. Dessa maneira, envolveu um bombardeiro estratégico dos EUA perto da península coreana nesta quarta-feira.
Esse é um recurso estratégico dos EUA para manter o compromisso com Seul de aumentar a prontidão da defesa da área.