Associação dos Camelôs ainda tenta conseguir a cessão do Complexo Dom Aquino, mas cogita montar tendas no estacionamento do antigo Shopping Popular
Sob tendas doadas, cerca de 500 lojistas do Shopping Popular estão aglomerados em espaços menores do que as bancas do moderno prédio consumido pelas chamas na madrugada do dia 15 de julho. Espremidos na lateral da Avenida Carmindo de Campos, próximo aos escombros, eles tentam vender suas mercadorias para manter empregos e o sustento de suas famílias.
Sendo assim, uma notícia de alívio chegou para quem aguarda com ansiedade a realocação. Ou seja, em até 30 dias, devem montar uma nova estrutura no Complexo Dom Aquino ou no estacionamento do antigo Shopping Popular.
“Conversei com a empresa responsável pela estrutura que será montada para atender aos lojistas e eles devem começar os trabalhos em 15 dias. Tudo ficará pronto em até 30 dias. Espero que dê certo para instalarmos no Complexo, mas, se não for possível, ficaremos no estacionamento do Shopping. Já estão retirando os entulhos de lá”, contou o presidente da Associação de Camelôs do Shopping Popular, Misael Galvão.
Misael explicou que os governos federal, estadual e municipal estão oferecendo todo o suporte necessário para a reconstrução do Shopping Popular.
“Vamos recomeçar das cinzas. Contamos com doações de marmitas e a ajuda de muitos empresários, que também contribuíram com a doação de tendas até superarmos essa situação. A outra parte é através das linhas de crédito disponibilizadas para que os empresários possam reconstruir suas lojas. Também fechamos uma parceria com o Sebrae para receber consultoria gratuita e contaremos com um programa do BNDES, definido pelo Governo Federal”, explicou Misael.
Respaldo da Prefeitura de Cuiabá e do Governo do Estado
De acordo com o presidente da Associação, a prioridade agora é construir o espaço provisório para atender os lojistas, para que eles possam ‘sacodir a poeira’ e voltar aos trabalhos com mais segurança.
“Encaminhamos os documentos e já obtivemos o respaldo da Prefeitura, do Governo do Estado, por meio do chefe da Casa Civil Fábio Garcia, e do governo federal, através dos ministros Haddad e Carlos Fávaro, para investir na estrutura provisória até termos nosso local de volta, como tanto sonhamos”, concluiu.