Lembrar dos bons momentos pode tornar o Luto pelo pet menos doloroso
Segundo a médica veterinária Marina Lara Rossi, o primeiro passo para ajudar no luto pelo pet é não se sentir culpado pela morte do animal, e o acolhimento dos amigos e familiares.
“Quando acontece, muitas vezes, não haverá palavras ou atitudes suficientes que possam fazer o momento ser menos aflitivo. É realmente algo muito dolorido e particular, cada pessoa irá reagir de um jeito. Em alguns casos sugerimos também a busca por ajuda psicológica, para conseguir superar a angústia”
Ela também indica que o tutor pense em momentos de felicidades que compartilhou com o animal.
A psicoterapeuta Blenda Oliveira afirma que muitos detalhes podem influenciar durante o processo de luto, ainda mais, quando o responsável não estava esperando a perda do pet.
“Apesar de ser muito doloroso, o luto é uma etapa importante e necessária, pois quando o indivíduo entra na fase de aceitação, ele entende que aquela é a nova realidade, que precisa ser vivida independentemente de qualquer coisa. Esse é um processo que deve ser respeitado, sempre com um passo de cada vez, até o entendimento de que as coisas acontecem e muitas vezes não conseguimos mudá-las”, explica.
Despedida
Em alguns casos, a morte do bichinho acontece em casa e, em outros no centro veterinário, e o papel da equipe presente pode fazer com que a situação seja menos traumática.
De acordo com Marina, é importante que o médico veterinário garanta um ambiente tranquilo e adequado para o animal e tutor. “Nos esforçamos para explicar que o responsável fez de tudo para manter a saúde do seu animalzinho. No consultório, deixamos eles à vontade para se despedir o tempo que quiser e for necessário. Entendemos que é um momento delicado”.
O Conselho Federal de Medicina Veterinária ressalta também que a eutanásia indicada quando o animal seja portador de uma doença incurável e esteja em sofrimento.
“É importante ressaltar que a utilização da eutanásia fica restrita às situações nas quais não há a possibilidade da adoção de medidas alternativas. Além disso, deve-se atentar para o respeito às legislações pertinentes. Mas cabe ao tutor a decisão de fazer o procedimento ou não”, lembra Marina.
Enterro de forma segura
O Centro de Controle de Zoonose (CCZ), unidade de saúde pública que tem como atribuição fundamental prevenir e controlar as zoonoses. Bem como desenvolver sistemas de vigilância sanitária, e é o responsável por realizar o recolhimento quando um animal morre em casa.
O responsável que não conseguiu contratar um serviço particular, ou não tem condições de arcar com o custo de um enterro particular ou cremação, desse modo, é só solicitar o serviço pelo telefone 156, o SAC na internet ou nas praças de atendimento. O serviço é gratuito, mas caso tenha algum tipo de custo, será informado anteriormente.
Já existem crematórios próprios para animais e alguns cemitérios também. Normalmente restringem os atendimentos para gatos, cães, aves e pequenos roedores. Nesses locais, os tutores podem promover até uma cerimônia em homenagem ao seu bicho.
É importante ressaltar que enterrar o animal de estimação em terrenos ou no quintal de casa é crime ambiental. De acordo com o artigo 54 da Lei Ambiental, pode render prisão de um a quatro anos, além de multa.