Ditador Maduro alega que grupo fará reforço na segurança como parte de um plano nacional da paz
O ditador da Venezuela Nicolás Maduro anunciou o envio de mais de 4,5 milhões de milicianos para cidades de todo o território do país como parte de um “plano de paz” do governo.
Maduro fez o comentário durante uma reunião de trabalho televisionada com governadores e prefeitos em Caracas. Aliás, estava acompanhado do ministro da Justiça do país, Diosdado Cabello.
“Ativarei um plano especial para garantir a cobertura com mais de 4,5 milhões de milicianos em todo o território nacional. Milícias preparadas, ativadas e armadas”, afirmou Maduro.
O envio dos milicianos faz parte dos pilares de uma plano do regime venezuelano que visa, contudo, estabelecer os chamados “quadrantes de paz” no país com o objetivo. Isso de acordo com Maduro, vai garantir “soberania, integridade territorial, unidade nacional e segurança”.
O ditador também anunciou que criará três zonas de desenvolvimento e a segurança na fronteira com a Colômbia, sem dar detalhes de como funcionarão.
Entenda o que é a Milícia Nacional Bolivariana
A Milícia Nacional Bolivariana um braço das Forças Armadas da Venezuela, criada originalmente pelo ex-presidente Hugo Chávez visa complementar o trabalho dos militares.
Os milicianos são normalmente voluntários que recebem treinamento básico e, em muitas vezes, armas. Sendo assim, os agentes atuam em atividades como segurança interna, defesa do território e apoio de projetos sociais do governo.
Críticos alegam que os milicianos paramilitares usados pelo governo irão controlar a população.
A Organização das Nações Unidas (ONU), já expressou preocupações sobre a Milícia Nacional Bolivariana. Relatórios da Missão Internacional Independente de Apuração de Fatos sobre a Venezuela do Alto Comissariado de Direitos Humanos da entidade que registram relatos de defensores dos direitos humanos sendo assediados e seguidos na Venezuela.
O uso da milícia para fins de repressão política também foi citado em documentos da missão da ONU.
Recompensa dos EUA por Maduro
O anúncio acontece em meio ao aumento da tensão diplomática causada pelo anúncio, no dia 7 de agosto, dos Estados Unidos. Ou seja, de dobrarem a recompensa por informações que levem à prisão de Nicolás Maduro.
Agora, o valor passa a ser US$ 50 milhões, ante a US$ 25 milhões anunciados inicialmente.