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Saiba porque o Brasil se tornou maior exportador de algodão e como toda a cadeia produtiva se conecta nessa missão de valorização - Foto: Secom-MT

Maior exportador de algodão do mundo, Brasil certifica do plantio ao consumo

Saiba porque o país se tornou uma referência global na produção de algodão e como toda a cadeia produtiva se conecta nessa missão de valorização da fibra

A cadeia do algodão brasileiro faz campanhas regulares para atrair consumo. Talvez você tenha lido por aí que o Brasil se tornou o maior exportador mundial de algodão (considerando o período comercial de 2023/2024), ultrapassando os Estados Unidos e enviando 2,7 milhões de toneladas de fibra a diversos países mundo afora. É mais do que 10% da produção mundial.

No Dia Mundial do Algodão, data criada pela ONU em 2019 para reconhecer o papel dessa fibra que faz parte do cotidiano de todo mundo, é um bom momento para comemorar essa conquista.

Chegar a esse patamar tem a ver com um trabalho que vem sendo feito há décadas e que envolve pesquisa, inovação, tecnologia e profissionalização do setor como um todo. E, para levar essa inovação ao mundo, a promoção comercial desenvolvida em parceria com a Agência Brasileira de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) foi importante. A gente produz coisa boa, só precisava contar ao mundo.

Um dos fatores essenciais ligados à expansão internacional, é que hoje temos uma fibra rastreável. Se você comprou uma peça de roupa de algodão e ela veio com um QR code SouABR, você pode descobrir ali o caminho desde o plantio das sementes até a prateleira da loja.

É um projeto que começa a ganhar força e vai dar ao consumidor final a certeza que está investindo, e colocando para dentro do seu guarda-roupa, uma peça em cuja produção o cuidado com as pessoas e com a natureza estão presentes.

Selo SouABR começa nas fazendas produtoras com certificação ABR

A garantia dada pelo selo SouABR começa nas fazendas produtoras com certificação ABR. E assim passa pela fiação, tecelagens e malharias, depois chega às confecções e lojas. Varejistas conhecidos como Reserva, C&A e Renner, são alguns dos que estão comprometidos com essa rastreabilidade. Um movimento que começou no campo, fruto de uma parceria da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) com o Instituto Brasileiro do Algodão (IBA).

Para ganhar essa certificação, as fazendas envolvidas precisam garantir boas condições de trabalho aos profissionais e cuidado com o meio ambiente. E todas essas exigências se estendem do plantio até o varejo.

Nos últimos anos, nós, produtores de algodão – e todo o mercado -, fizemos mudanças para nos adequarmos ao que o mundo procura e precisa. Para se ter uma ideia, atualmente 92% do algodão brasileiro produzido em regime de sequeiro, ou seja, utiliza apenas água da chuva.

Produtividade muito maior por área de plantio

Foi com essas mudanças também que o Brasil saiu de safras com produção de 500 mil toneladas de fibra e uma área menor que 1 milhão de hectares. Na década de 90, para uma produção de quase 3 milhões de toneladas de fibra em cerca de 1,6 milhões de hectares. É um aproveitamento e uma produtividade muito maior por área de plantio.

A área destinada à vegetação nativa é de 50,1% dos imóveis rurais e de 38,7% de todo o oeste do estado.

Enquanto que nos municípios, produtores da nossa região ligados à Associação Baiana de Produtores de Algodão (ABAPA). Além do IDH, índice que mede a qualidade de vida da população, é 17% superior à média do Brasil.

Sendo assim, isso está recolocando o nosso algodão no mercado global, para o mundo vestir. Dessa maneira, vem mostrando que investir em sustentabilidade e responsabilidade social, tem retorno. Na hora de comprar sua calça jeans e sua camiseta, é tudo isso o que você está levando para casa.