A exportação de MT correspondem a 20,63% das exportações brasileiras de carnes
Mato Grosso exportou 164,32 mil toneladas em equivalente carcaça (TEC) de carne bovina no primeiro trimestre de 2025, 6,25% a mais que no mesmo período de 2024, aponta os dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em relatório divulgado nesta semana.
Ainda de acordo com o Imea, em março houve recorde nas exportações de Mato Grosso. Em março deste ano, MT exportou 60,61 mil toneladas, 16,7% a mais que em março do ano anterior, quando foram exportadas 51,92 mil toneladas.
Já a empresa de inteligência de mercado, Agrifatto, aponta que o Brasil exportou 215,43 mil toneladas de carne bovina in natura em março, volume 29,52% maior que em março de 2024.
Também segundo a Agrifatto, a briga comercial entre os Estados Unidos e China garantem perspectivas positivas para o mês de abril.
Aquecimento das demandas externas pela proteína brasileira
Mato Grosso fica atrás apenas de São Paulo, que é o maior exportador de carne bovina, com 21,72% de toda a carne enviada ao exterior. Em terceiro lugar, vem Goiás, que representa 12,05% das exportações da proteína.
“O avanço nas exportações foi impulsionado por uma combinação de fatores, como a cotação do dólar em patamares favoráveis, a elevada oferta de carne bovina pelos frigoríficos e a baixa demanda do mercado interno, que redirecionou parte da produção ao mercado externo”, diz o relatório de mercado da pecuária de corte do Imea.
Ainda de acordo com o Imea, a receita das exportações também bateu recorde histórico para o mês de março. Ou seja, um total de US$ 232,8 milhões, aumento de 28,76% em relação a março de 2024. Segundo os analistas do Imea, essa alta ocorreu pelo aquecimento das demandas externas pela proteína brasileira.
Diferencial da base
O Imea também destaca em seu relatório o diferencial de base, a diferença de preço entre a praça de Mato Grosso e São Paulo. Aliás, chegou a 3,76% menor que em São Paulo, após descontar o Funrural.
“O diferencial de base MT-SP ficou em -3,76%, um dos menores patamares já registrados. No entanto, apesar do viés altista do mercado, o aumento da oferta de gado de pasto decorrente do ajuste na taxa de lotação das fazendas em maio, pode pressionar os preços no curto prazo”, afirma o Instituto.