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O ano de 2024 nem terminou e a pecuária de Mato Grosso já registra seu recorde anual maior volume de abates bovinos na história - Foto: Pixabay

Mato Grosso já registra recorde em abates bovinos em 2024

O ano de 2024 nem terminou e a pecuária de Mato Grosso já registra seu recorde anual maior volume de abates bovinos na história

O estado de Mato Grosso, que detém o maior rebanho de bovinos do Brasil, mais de 34 milhões de animais, lidera o ranking de abates, antes mesmo da virada do ano.

Conforme dados atualizados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Mato Grosso contabilizou média mensal de 620 mil cabeças abatidas (janeiro a novembro). Considerando esse volume, o estado deve encerrar 2024 com mais de 7 milhões de cabeças enviadas às indústrias.

Por outro lado, os preços do boi gordo seguiram a tendência característica da transição do ciclo, apresentando estabilidade ao longo do primeiro semestre. Nesse período, a amplitude do indicador ficou na casa dos R$ 10,00/arroba (@). Entretanto, a partir de agosto, o cenário se inverteu e em apenas quatro meses o indicador registrou alta de R$ 115,86/@. Assim, alcançou R$ 325,27/@ em 29/11/24, a maior cotação já registrada na série histórica do Instituto.

“Apesar de a oferta de animais no estado estar acima da média, o principal fator que impulsionou a alta nos preços foi a demanda externa, que também atingiu níveis recordes. As 700,52 mil TEC exportadas nos primeiros 11 meses de 2024 pelo estado, já superam em 15,72% o total exportado em 2022, que anteriormente detinha o recorde”, explicam os analistas.

Países do Oriente Médio

Com o início da retenção de matrizes e a menor participação de fêmeas nas indústrias, os preços do boi gordo devem aumentar em 2025. Depois de três anos consecutivos com intenso abate de matrizes em Mato Grosso, a oferta de animais mais jovens para reposição, em especial bezerros, tende a ser ainda menor no próximo ano, alertam os analistas.

“Esse cenário deve impactar positivamente os preços da categoria, resultando na recuperação da margem da cria. Com maior atratividade da operação, tende-se a começar movimento de retenção de fêmeas no estado, iniciando à fase de alta do ciclo pecuário”, explicam.

A redução na disponibilidade de fêmeas para abate deve impulsionar os preços do boi gordo no estado. Ainda, os abates totais no estado podem apresentar um leve recuo quando comparado ao patamar recorde observado este ano.

Sob a ótica da demanda, o fortalecimento de mercados já existentes tende a continuar mantendo as exportações da proteína bovina fortalecidas, especialmente por países do Oriente Médio. Além disso, a redução na produção de carne pelos EUA pode também favorecer as exportações brasileiras.