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Dutos da unidade de processamento de gás natural no pólo industrial de Guamaré

CNPE cria grupo para melhorar aproveitamento de gás natural

Resolução de melhorar aproveitamento de gás natural pretende, também, favorecer soluções de baixo carbono

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) quer melhorar o aproveitamento do gás natural produzido no Brasil. Para tanto, criou um grupo de trabalho que vai propor medidas e diretrizes. O grupo é composto por representantes de oito ministérios, além de órgãos e entidades do setor.

O despacho presidencial com a resolução do CNPE que institui o grupo e detalha sua composição e atribuições saiu no Diário Oficial da União desta quarta-feira (17). As atividades terão prazo de 120 dias, contados a partir da designação dos membros, podendo se prorrogar mediante portaria do Ministério de Minas e Energia (MME).

Segundo o MME, a busca pelo melhor aproveitamento do gás natural está entre as “prioridades e principais eixos de trabalho da pasta”, tema que tem sido abordado desde janeiro nos encontros do ministro Alexandre Silveira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Produção

Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), divulgados em abril (referentes ao mês de fevereiro), informam que a produção nacional de gás natural no Brasil ficou em 146,540 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d), obtidos a partir de 136 poços. O aproveitamento do gás natural ficou em 97,4%.

Todavia o mesmo percentual (97,4%) é o observado em outros levantamentos recentes, como o de fevereiro, relativo ao mês de dezembro de 2022; e de janeiro, relativo a novembro.

Entre os fatores que resultam na diminuição do aproveitamento do gás natural em sua cadeia de produção estão vazamentos, queima intencional de gás não aproveitado e falhas operacionais.

Objetivos do grupo

A fim de melhorar esse aproveitamento, o grupo de trabalho previsto na resolução do CNPE terá, entre seus objetivos, o de aumentar a oferta da União no mercado doméstico. Desse modo, buscará a redução dos volumes reinjetados, além do tecnicamente necessário.

Pretende também aumentar a disponibilidade para a produção nacional de fertilizantes nitrogenados, produtos petroquímicos. Assim como outros setores produtivos, “reduzindo a dependência externa de insumos estratégicos para as cadeias produtivas nacionais”.

Outro objetivo é o de integrar  à estratégia nacional de transição energética. Ou seja, “para contemplar sinergias e investimentos que favoreçam o desenvolvimento de soluções de baixo carbono. Por exemplo, o biogás/biometano, hidrogênio de baixo carbono, cogeração industrial e captura de carbono”.

Estudos

Para atingir esses objetivos, o grupo terá também como atribuição o desenvolvimento de medidas e estudos visando a implementação de swap “para atendimento dos objetivos do programa”.

Serão também desenvolvidos estudos para a criação de uma “política de precificação de longo prazo que considere os preços da molécula. Assim também, os produtos de energia obtidos a partir do gás natural”.

Por fim, prevê o desenvolvimento de estudos visando “outras medidas de incentivo à construção da infraestrutura de escoamento, processamento e transporte de gás natural”.

Fonte: Agência Brasil