Tendência é que arrecadação com a comercialização da maconha ultrapasse os R$ 300 bi até 2027, segundo a BDSA, líder no segmento de pesquisas de cannabis legalizada
O mercado global de maconha legalizada já movimenta cerca de R$ 175 bilhões por ano, segundo dados da empresa americana BDSA. Em relatório publicado em 2023, os pesquisadores afirmam que a tendência é que o mercado movimente R$ 300 bilhões anualmente até 2027.
Com a droga sendo legalizada em diversos estados nos Estados Unidos, a maior economia do mundo deve liderar essa crescente nas vendas, segundo os pesquisadores. O estudo destaca que o mercado fora dos EUA e Canadá deve movimentar R$ 35 bilhões até 2027, puxado, principalmente, pela Alemanha.
Dados da Organização das Nações Unidas (ONU), estimam que aproximadamente 150 milhões de pessoas no mundo fazem uso da droga, representando 2,5% da população mundial.
O mais recente relatório sobre o uso de drogas da ONU, ainda estima que 70% dos usuários de cannabis são homens e 30% mulheres.
Julgamento STF
O julgamento que ocorre no Supremo Tribunal Federal (STF), no entanto, não tem relação com o mercado de cannabis. A discussão na Suprema Corte é sobre a descriminalização do porte da maconha para consumo pessoal e a definição de critérios objetivos para diferenciar traficante e usuário.
Todos os ministros são favoráveis de fixar um parâmetro objetivo para diferenciar usuário e traficante. A Lei de Drogas em vigor não faz essa distinção.
Até o momento, a proposta com mais adesões (quatro votos), estabelece que as pessoas flagradas com até 60 gramas de maconha ou seis plantas fêmeas presumidas como usuárias.
O julgamento do tema se arrasta no STF desde 2015. A discussão foi retomada pelos ministros em 2023 e tem provocado ruídos e divergências com o Congresso.
Uma proposta de emenda à Constituição (PEC), que criminaliza a posse e o porte de quaisquer entorpecentes e drogas, aprovaram na semana passada pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.
A PEC das Drogas, no entanto, ainda deve passar por uma comissão especial e pelo plenário da Câmara. Aliás, o Senado Federal já aprovou o texto.