O método desenvolvido pode reduzir o tempo de análise ao tratar uma crise de epilepsia para poucas horas
O método atual para tratar a epilepsia é demorado. Levam-se dias ou semanas para avaliar as atividades elétricas do cérebro para, então, dar início ao procedimento cirúrgico. Uma equipe da Carnegie Mellon University, nos Estados Unidos, criou uma técnica que pode reduzir o tempo de análise para poucas horas.
A técnica de análise criada por Bin He e colegas pode identificar as mesmas regiões cerebrais e então prever o resultado de uma convulsão de um paciente usando apenas 10 minutos de gravações. Para isso, extrai o fluxo de informações em todos os eletrodos de gravação e faz uma previsão com base nos diferentes níveis de atividade cerebral.
Os resultados dos testes foram promissores. “Em um grupo de 27 pacientes, nossa precisão em localizar as regiões cerebrais do início das convulsões foi de 88%, o que é um resultado fascinante”, enfatiza o também professor de engenharia biomédica.
Pesquisa vai seguir
A equipe dá continuidade à pesquisa buscando contudo chegar a abordagens não invasivas ou minimamente invasivas que tenham resultado semelhante.
“Essa pesquisa não apenas fornecerá informações sobre a probabilidade de sucesso cirúrgico para indivíduos com epilepsia e seus cuidadores, mas também nos ajudará a entender os mecanismos subjacentes das convulsões usando uma abordagem minimamente invasiva”, afirma Vicky Whittemore, do Instituto Nacional de Distúrbios Neurológicos e Derrame, uma parte dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA.
