Ferramentas gratuitas de segurança cibernética da Microsoft passa a valer em setembro e foi anunciada após ataque hacker acessar e-mails da Casa Branca
Os usuários da Microsoft não precisarão mais pagar para ter acesso a ferramentas que ajudam na identificação de ataques hackers. O anúncio da empresa ocorreu nesta quarta-feira (19) e a novidade passa a valer a partir de setembro deste ano.
- A mudança acontece após um ataque hacker proveniente da China conseguir acesso aos e-mails de cerca de 25 organizações, incluindo pelo menos duas agências do governo dos Estados Unidos
- Uma das vítimas era uma organização de direitos humanos que não conseguiu detectar a atividade porque não estava pagando por uma licença de software premium, de acordo com a empresa americana de segurança cibernética Volexity.
- Todavia os responsáveis pelos ataques identificados como Storm-0558 , um grupo que usa principalmente espionagem, acesso a credenciais e roubo de dados para atingir agências governamentais na Europa Ocidental.
- “No mês passado, as salvaguardas do governo dos EUA identificaram uma invasão na segurança da nuvem da Microsoft. Os funcionários imediatamente contataram a Microsoft para encontrar a fonte e a vulnerabilidade em seu serviço de nuvem. Continuamos a manter os fornecedores de compras do governo dos EUA em um alto limite de segurança”.
- Wang Wenbin, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, não confirmou o ataque hacker. No entanto, acusou os EUA de serem “o maior império de hackers do mundo e ladrão cibernético global”.
Impactos da decisão
- Segundo analistas, a decisão da Microsoft pode ter um amplo impacto na postura de segurança de seus usuários.
- As ferramentas gratuitas permitirão as equipes de resposta a incidentes, independentemente do nível de licença e, assim, conduzam investigações mais completas
- A Agência de Segurança Cibernética e Infraestrutura dos Estados Unidos (CISA), parte do Departamento de Segurança Interna, disse que suas próprias investigações sobre hacks ao longo dos anos também prejudicadas pela falta de “dados críticos”. Portanto, custam mais para os clientes da Microsoft acessarem.
- A diretora da CISA, Jen Easterly, comemorou a decisão da Microsoft e confirmou que a agência está trabalhando junto da big tech há um ano.