O relatório do USDA do dia 12 deverá apontar o dado final da safra 2021 norte-americana, a qual parece apontar pequenos ajustes
A semana para o mercado de milho deverá ser marcada pela divulgação de mais um relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Os dados do departamento norte-americano podem trazer novidades para os estoques do país. Aqui no Brasil, o destaque segue sendo o clima, com as perdas cada vez mais se consolidando em áreas do Sul.
Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana. Em seguida as dicas do analista da Safras Consultoria, Paulo Molinari.
– Relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) no dia 12 deverá apontar o dado final da safra 2021 norte-americana, a qual parece apontar para pequenos ajustes apenas;
– Também uma revisão da demanda, possivelmente com elevação das exportações, como resultado, poderá reduzir os estoques finais norte-americanos;
– Revisões de tamanho de safra sul-americana neste relatório do dia 12 tendem a ser discretas. O USDA não costuma antecipar os números oficiais do Brasil e da Argentina. Alguns cortes podem surgir, embora mais discretos do que o mercado quer ver. Assim como as correções mais acentuadas somente em fevereiro ou março;
Outras dicas do analista
– Revisão dos dados do trigo podem influenciar o milho negativamente. Uma maior safra argentina de trigo e maior safra de inverno no Hemisfério Norte podem segurar os preços do trigo e influenciar o milho;
– Clima na América do Sul muito ruim na Argentina, da mesma forma, no sul do Brasil é um ponto fundamental que seguirá pesando no mercado internacional;
– O mercado interno sente o impacto da redução da oferta de milho safra velha, da forte exportação do final do ano comercial e da quebra de safra de verão;
– As exportações de milho estão superando 21 milhões de toneladas, bem acima das 16-17 milhões que segmentos do mercado apontavam para o ano;
– Os estoques da safra velha serão próximos a 3 milhões de toneladas, os mais baixos desde 2012;
– As colheitas de verão começam a ocorrer, mas estoques baixos no setor consumidor criam um ambiente de procura forte e suporte para altas;
– As perdas de produção no Rio Grande do Sul para o milho estão consolidadas, bem como estão sendo avaliadas no oeste de Santa Catarina e sudoeste do Paraná;
– A safrinha de milho começará a ser plantada mais cedo neste ano. Com a antecipação da colheita da soja, plantarão uma boa parte da safrinha dentro de uma ótima janela, ou seja, até 15 de fevereiro.
Fonte: Canal Rural