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Quatro iniciativas de turismo em territórios indígenas (TIs) de Mato Grosso foram incluídas como potencial turístico - Foto: Débora Schuch/Funai

Ministério do Turismo inclui quatro territórios indígenas de Mato Grosso com potencial turístico

Ministério inclui territórios indígenas de Mato Grosso

Quatro iniciativas de turismo em territórios indígenas (TIs) de Mato Grosso consultadas para o “Diagnóstico do Etnoturismo na Amazônia Legal”, foi lançada pelo ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, no início deste mês, na terra indígena Katukina Kaxinawá, em Feijó, no Acre.

A pesquisa, realizada entre outubro e novembro deste ano, serviu de base para elaboração de um guia de boas práticas, destinado a prestadores de serviços. Assim, as comunidades indígenas poderão investir em projetos dessa natureza, contendo estratégias para geração de emprego, renda, sustentabilidade e conservação cultural.

Uma iniciativa participante do diagnóstico foi a do “Turismo de Pesca Esportiva”, promovido por uma pousada localizada às margens do rio Teles Pires. Dentro da terra indígena Kayabi, entre Alta Floresta e Apiacás, a cerca de 490 km de Sinop.

As outras três mato-grossenses são de turismo de base comunitária (TBC), geridas pelos próprios indígenas. Bem como em aldeias dos povos Kisêdje, Afukuri e Umathali, no Parque Indígena do Xingu. Completando a lista de 14 ações pesquisadas, estão iniciativas do Amazonas, Pará, Roraima e Acre.

Dessa maneira, o documento revelou dados de comunicação, acesso e infraestrutura que ajudam a compreender melhor a estrutura desses lugares

Apenas 35% das iniciativas tem aeroportos a menos de 50 km das TIs, 86% já possuem acesso parcial ou integral à internet e 33% são acessíveis apenas por rios. Em relação à experiência dos turistas, destaca-se o intercâmbio cultural promovido pelos guias. Em outras palavras, os visitantes conhecem o modo de vida e os costumes locais, que foi considerado de “muito bom” a “excelente”.

Fortalecimento dos acordos locais e incentivo aos roteiros de etnoturismo de forma ordenada minimizando impactos socioambientais

Desde 2015, o turismo em TIs está regulamentado pela Funai e, de acordo com a publicação, “para ocorrer, precisa seguir uma série de recomendações. A principal delas é o planejamento da atividade através da construção participativa de um plano de visitação”.

Aliás, o relatório ainda recomenda, para Mato Grosso, potenciais melhorias sistêmicas como o “fortalecimento dos acordos locais e incentivo aos roteiros de etnoturismo de forma ordenada minimizando impactos socioambientais” e a “avaliação da efetiva participação das comunidades indígenas”.

Tanto o diagnóstico como o guia de boas práticas estão disponíveis para consulta no portal do MDIC, dentro do site do governo federal.