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Silvina Batakis, que é próxima de Kirchner, foi nomeada Ministra da Economia da Argentina

Nova Ministra da Economia na Argentina é anunciada

Governo da Argentina confirmou Silvina Batakis, aliada da vice-presidente Cristina Kirschner, como nova Ministra da Economia

O governo Alberto Fernández anunciou, no domingo 3, Silvina Batakis como nova ministra da Economia da Argentina, em substituição a Martín Guzmán. Guzmán anunciou sua renúncia, no sábado 2, pelo Twitter, aumentando assim a crise no governo. Sobretudo, ele não estava se entendendo com a vice-presidente, Cristina Kirschner.

Silvina Batakis, 53 anos, comandou a economia da Província de Buenos Aires de 2011 a 2015, no então governo Daniel Scioli. Ele é o atual embaixador da Argentina no Brasil. Atualmente, Silvina atuava como secretária de Províncias no Ministério do Interior.

Formada em economia pela Universidade de La Plata e com MBA em economia ambiental na Universidade de York (Inglaterra), Batakis é uma aliada próxima de Cristina Kirchner, que era crítica ao trabalho de Guzmán na pasta. O país sul-americano vive atualmente uma forte escalada na inflação, que em junho já passou dos 60% na taxa em 12 meses.

A dívida original de US$ 57 bilhões com a Argentina era a maior já emitida pelo FMI. A última parcela do acordo foi recusada pelo presidente Fernández depois de assumir o cargo de seu antecessor liberal, Mauricio Macri.

A gestão de Guzmán como ministro da Economia da Argentina

Sua gestão ficou marcada pela negociação com o Fundo Monetário Internacional (FMI), em uma tentativa de o país alcançar o equilíbrio das contas públicas em 2024. Especialista em processos de renegociação de dívidas externas, Guzmán tinha a missão de entregar um novo cronograma de pagamento dos títulos argentinos.

O sucesso dessa negociação acabou sendo prejudicado pelos reflexos econômicos da pandemia. O Produto Interno Bruto da Argentina caiu quase 10% em 2020, enquanto se adiou a renegociação da dívida.

Contudo, essa renegociação também marca o início da piora na relação de Fernández e Kirchner. Em discurso no sábado, entretanto, ela afirmou que “o déficit fiscal não é responsável pela inflação” na Argentina.