O jornalista, escritor e dramaturgo Artur Xexéo, que morreu dia 27/6, aos 69 anos, será velado dia 28/6, no Rio de Janeiro em cerimônia fechada. O local e horário não foram informados para evitar aglomeração.
Um dos principais representantes da imprensa cultural do país, Xexéo havia descoberto, há duas semanas, um linfoma e começou o tratamento no dia 24/6.
No Instagram, o marido do jornalista, Paulo Severo, escreveu: “Estou anestesiado pela realidade. Eu perdi o meu companheiro na assepsia da palavra. E a minha vida, como a conheço, agora ser foi. Vida que segue e se impõe de maneira impositiva. A vida é má, a gente é q não se dá conta. The show must go on. Obrigado a todos q estão solidários comigo. Isso não tem preço. Artur não tinha preço. A Vida não tem preço.”
Jornalismo
Xexéo iniciou a carreira jornalística em 1975, como estagiário da editoria de Geral no Jornal do Brasil. Após trabalhar em redações de revistas em São Paulo, voltou para o JB em 1985, agora como subeditor do Caderno B, suplemento cultural do diário carioca.
Veio para O GLOBO em 2001 como editor do Rio Show e, dois anos depois, assumiu o Segundo Caderno. Um de seus desafios, na época, era privilegiar reportagens e entrevistas com apelo do que as notícias mais quentes. Outras de suas marcas foi valorização da crítica de cinema e teatro em um momento em que estes espaços escasseavam nos jornais.
Em 2010, ele deixou o cargo de editor e passou a se dedicar apenas a sua coluna no jornal, onde escrevia duas vezes por semana. Diariamente, conversava com Carlos Heitor Cony e Viviane Moss, na rádio CBN. Em 2015, ele se desligou do GLOBO, mas retornou como colunista um ano depois. Xexéo também foi comentarista da rádio CBN e do “Estúdio i”, do canal GloboNews.