O estado de Mato Grosso (MT) conquistou, pela primeira vez, a vice-liderança na produção nacional de etanol. Os dados da safra 2023/2024 divulgados nesta quinta-feira (25) pelo sindicato, representa as indústrias sucroalcooleiras do estado e o Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária).

As 18 plantas instaladas no Estado atingiram a produção recorde de 5,72 bilhões de litros – a maior da série histórica desde a safra 2010/2011. O número, portanto, é 32% maior que o período anterior, que atingiu a produção de 4,34 bilhões de litros.

Como resultado, o estado ultrapassou Goiás, na produção de etanol e se mantém atrás de São Paulo na geração de biocombustíveis. Mas quando se trata apenas de etanol de milho, o estado já é o maior produtor do Brasil.

Próxima safra

O crescimento da produção total de etanol resultou do aumento da capacidade produtiva das usinas (ampliação e nova planta), além da melhor performance das indústrias no Estado. O índice de rendimento industrial para milho e cana foi recorde nesta safra.

Do total de etanol produzido na safra 2023/24, 4,54 bilhões de litros vieram do milho e 1,18 bilhão de litros da moagem de cana. Deste volume, 3,73 bilhões de litros de etanol hidratado (biocombustível que vai direto para as bombas), e 1,99 bilhão de litros de anidro (produto que é adicionado à gasolina).

Para a próxima safra 2024/2025, a expectativa do Imea é de que a produção total de etanol alcance 6,30 bilhões de litros. Ou seja, um acréscimo de 10,03% em relação ao realizado nesta safra. Deste volume, 5,207 bilhões de litros devem vir do milho e 1,088 bilhão, da cana.

Etanol de milho cresceu 38%

Na safra 2023/24, o Mato Grosso produziu 43,8 milhões de toneladas de milho, responsável por 38% da safra nacional.

Neste período, a moagem de milho também foi recorde, 10,11 milhões de toneladas. Isto é, um crescimento de 37,86%, o maior percentual de crescimento anual já registrado no Estado. Hoje, o MT responde por 72,03% da produção nacional de etanol de milho, que foi de 4,54 bilhões de litros.

Outro destaque nesta safra foi o DDG (Grãos Secos de Destilaria), um coproduto do etanol de milho utilizado na alimentação animal. A produção de DDG foi de 2,12 milhões de toneladas, contra 1,6 milhão de toneladas no período anterior.