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Reunião da Sema com investidores interessados nas políticas de créditos de carbono de MT

MT deve captar US$ 500 milhões ao ano com venda de créditos de carbono

Mato Grosso está bem adiantado com várias políticas públicas ambientais com resultados de redução do desmatamento

Governo de MT tem condições de captar até US$ 500 milhões ao ano para pagamento de créditos de carbono, por conta da redução do desmatamento. Este foi o tema de uma reunião com investidores (10), durante a participação do Estado na COP26, na Escócia.

Mato Grosso trabalha para ser o estado pioneiro no mercado de carbono, que ainda não é explorado no Brasil. A empresa Mercuria Energy & Commodity Group, que atua no ramo de energia no mundo todo, conheceu a política ambiental do Estado. Em seguida demonstrou interesse em iniciar tratativas para realizar investimentos em créditos de carbono em MT.

“É importante que essas reuniões com investidores internacionais aconteçam para que a gente possa criar esse mercado que ainda não funciona no Brasil. Mato Grosso está bem adiantado com várias políticas públicas ambientais com resultados de redução do desmatamento. Isso vai nos ajudar a construir todos esses mecanismos para que no futuro bem próximo, possamos captar recursos internacionais com venda de créditos de carbono“, explica o secretário Executivo de Meio Ambiente, Alex Marega.

Empresas querem investir em MT para que o Estado possa estruturar cadeias de comércio de créditos de carbono, para futuramente poderem ter a opção de comprar esses créditos, como um bônus proveniente de REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação florestal). “Os recursos captados serão utilizados tanto para aprimoramento do combate ao desmatamento, mas principalmente para fomentar negócios verdes, que são empreendimentos sustentáveis“, avalia o secretário.

O projeto Carbono Neutro MT impressionou os investidores na COP26

O mercado de carbono funciona com a venda de créditos excedentes de redução de emissões de gases do efeito estufa (GEE). Assim, empresas, países, estados que ultrapassam a meta de redução das emissões de carbono podem vender esse excedente. No caso de Mato Grosso, o que conta é evitar o desmatamento, com programas de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação florestal (REDD).

Conforme o diretor executivo do Earth Innovation Institute (EII), Daniel Nepstad, a estimativa preliminar aponta que se Mato Grosso avançar nas ações de desenvolvimento sustentável promovidas pelo Instituto Produzir, Conservar e Incluir (PCI), pode reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2) para a atmosfera em 0,8 bilhões de toneladas por ano, entre 2021 e 2030,  segundo padrões internacionais. Com a comercialização de 0,5 bilhões de toneladas de carbono por ano, ao preço de 10 dólares por tonelada, chegamos a US$ 500 milhões por ano de receita para o Estado.

O projeto Carbono Neutro MT, apresentado pelo governador Mauro Mendes na COP26, impressionou investidores. Isso representa um passo para colocar Mato Grosso à frente nas discussões mundiais sobre mercado de carbono. A meta voluntária é neutralizar as emissões de gases do efeito estufa até 2035.

Fonte: Governo de MT