Busca pela classificação sanguínea intensifica na última semana, após a descoberta de uma nova paciente com o sangue incomum
O MT Hemocentro, único banco de sangue público de Mato Grosso, realiza uma força-tarefa para ampliar a quantidade de doadores registrados no Cadastro Nacional de Sangue Raro (CNSR). Desta forma, a unidade busca suprir o impacto que compromete consideravelmente a evolução clínica de pacientes que necessitam desse biotipo sanguíneo.
A busca pelo sangue raro foi intensificada na última semana, após a descoberta de uma nova paciente de 45 anos, residente de Primavera do Leste, que possui a classificação incomum. A ação é uma parceria entre o MT Hemocentro e a Unidade de Coleta e Transfusão (UCT) localizada no município.
A biomédica e gerente laboratorial do MT Hemocentro, Erika Ferreira de Siqueira, explicou que, atualmente, a unidade especializada integra o Cadastro Nacional e atua junto à coordenação-geral de sangue e hemoderivados, ligada ao Ministério da Saúde. Segundo Erika, a fenotipagem do sangue raro é escassa e a possibilidade de encontrá-la é de um para um milhão.
De forma geral, quando um paciente necessita de transfusão de um tipo sanguíneo raro, o serviço de hemoterapia solicita uma consulta ao Cadastro Nacional para descobrir se existe um doador compatível cadastrado. Ao encontrar um doador compatível, o serviço informa a unidade responsável, que coordena o serviço de hemoterapia. Dessa maneira, efetiva a coleta do sangue e transporta a bolsa até o serviço de saúde na qual o paciente receberá o tratamento.
Conforme o hematologista pediátrico Wolney de Oliveira Taques, realizaram testes para identificar a compatibilidade do sangue e que os resultados fomentam uma discussão.
MT Hemocentro
Nos últimos anos, o Governo de Mato Grosso investiu mais de R$ 9,1 milhões na modernização do parque tecnológico da unidade especializada. Assim, melhorou a infraestrutura, tecnologia e os equipamentos para poder oferecer tratamentos de ponta aos pacientes.
Em Mato Grosso, o MT Hemocentro possui registros de duas pessoas com sangue raro e está em processo de investigação de mais dois casos. A investigação fica sob a responsabilidade da equipe de imuno-hematologia, composta por biomédicos, técnicos e médicos hematologistas altamente qualificados.