Ampliação da capacidade produtiva de uma das usinas impulsionou ainda mais a perspectiva de consumo do setor
A terceira estimativa de oferta e demanda de milho em MT trouxe atualização na perspectiva para a safra 20/21 e a primeira estimativa para safra de milho 21/22 do cereal.
De acordo com o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), para a temporada 20/21, a produção foi consolidada em 32,56 milhões de toneladas, o que levou a um avanço de 1,73% ante o relatório de julho. No entanto, mesmo com o avanço, a produção ficou 8,14% abaixo da temporada 19/20.
Do lado da demanda, as projeções de moagem seguem firmes por partes das indústrias de biocombustíveis. Além disso, a ampliação da capacidade produtiva de uma das usinas impulsionou ainda mais a perspectiva de consumo do setor. Assim o consumo mato-grossense ficou estimado em 11,59 milhões de toneladas, aumento de 4,67% ante o relatório anterior. Já para a demanda interestadual, não houve alterações, e segue estimado em 3,75 milhões de toneladas.
Quanto a exportação, com o reajuste na produção, o número foi reavisado para 17,23 milhões de toneladas contra 17,18 milhões de toneladas do relatório anterior. Isto representa um aumento de 0,28% entre as estimativas.
No que se refere à safra de milho 2021/22, a produção apontada é recorde para série histórica de MT (39,58 milhões de toneladas). Está pautada pela projeção de aumento na área destinada ao cereal de segunda safra, bem como o progresso satisfatório da semeadura de soja até o momento no estado. Portanto, pode colaborar para o cultivo do milho dentro da janela ideal.
Consumo estadual segue impulsionado pelas indústrias de biocombustíveis
No que tange a demanda, o consumo estadual segue sendo impulsionado pelas indústrias de biocombustíveis. Assim, o consumo mato-grossense ficou estimado em 12,07 milhões de toneladas, aumento de 4,12% em relação à safra 20/21. Com relação ao consumo interestadual, a expectativa de maior produção nos demais estados brasileiros para a próxima safra pautaram a redução de 0,80% nos envios interestaduais, que ficou estimado em 3,72 milhões de toneladas.
Por fim, com a maior produção no estado e a valorização da moeda norte-americana, as exportações projetaram 23,78 milhões de toneladas. Ou seja, o volume que fica acima do recorde alcançado na safra 19/20, de acordo com informações do Imea.
Fonte: Portal do Agronegócio / Agência Safras – Foto: Piqsels
