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Com candidaturas de mulheres aos governos estaduais, o Brasil pode eleger algumas delas como governadoras

Mulheres são 17% das 223 candidaturas aos governos estaduais

Três mulheres lideram pesquisas nas candidaturas aos governos estaduais

As mulheres representam 17% das 223 candidaturas aos governos estaduais, segundo base de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ao todo, são 38 candidatas, sendo que três delas lideram as pesquisas de intenção de voto a pouco mais de um mês para o primeiro turno, marcado para 2 de outubro.

No Rio Grande do Norte, a única governadora eleita em 2018, Fátima Bezerra (PT), que concorre à reeleição neste ano, é a favorita, segundo pesquisa TV Cabugi/Ipec divulgada na última semana.

Ela aparece com 46%, à frente de Capitão Styvenson (Podemos), com 15%, e Fábio Dantas (Solidariedade), com 9%. Registrada na Justiça Eleitoral com o número RN-09891/2022, a pesquisa ouviu 800 pessoas e tem margem de erro de três pontos percentuais.

Em Pernambuco, a deputada federal Marília Arraes (Solidariedade), também lidera as sondagens para o governo. Segundo a pesquisa Ipec, ela está à frente, com 33%.

No segundo lugar, há empate técnico entre Raquel Lyra (PSDB), com 11%, e Anderson Ferreira (PL), com 10%. A margem de erro também é de três pontos percentuais. A pesquisa, que ouviu 1.200 eleitores, foi registrada sob o número BR-09411/2022.

Em Roraima, a principal candidata ao governo também é uma mulher. De acordo com a pesquisa RealTime Big Data mais recente, a ex-prefeita de Boa Vista Teresa Surita (MDB) lidera com 47% das intenções de voto, à frente do atual governador Antônio Denarium (PP), que tem 36%.

O número de mulheres que concorrem aos governos estaduais é maior em 2018 em comparação com as eleições gerais anteriores. Em 2018, das 202 candidaturas de governadores, 30 eram de mulheres, o que representava menos de 15%.

As governadoras desde 1985

Desde a redemocratização do país, em 1985, 158 homens foram eleitos e oito mulheres saíram vitoriosas das urnas, de acordo com um levantamento da CNN que não considerou as reeleições ou um novo mandato em período distinto. As eleições para governadores voltaram a ocorrer no Brasil em 1982, ainda na ditadura militar. O levantamento foi feito a partir do pleito de 1986.

Dentre as mulheres eleitas, Roseana Sarney (MDB), no Maranhão, é a única que foi reconduzida ao posto, em três oportunidades diferentes.

Ela foi eleita pela primeira vez em 1994 e reeleita em 1998. Na terceira vez que tentou a vaga, em 2006, perdeu para Jackson Lago (PDT). Ele e o vice, porém, tiveram os mandatos cassados pelo TSE, e a entidade determinou que Roseana, que havia ficado em segundo lugar, assumisse o cargo. Posteriormente, foi reeleita e ficou até 2014.

No Rio de Janeiro, Rosinha Garotinho, então no PSB, ocupou o cargo de 2003 a 2007. No Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB) governou de 2007 a 2011. O Pará também elegeu uma mulher para a vaga: Ana Júlia Carepa (PT), que comandou o estado de 2007 a 2011. Em Roraima, Suely Campos (PP) exerceu a função de 2015 a 2018.

O Rio Grande do Norte é, no entanto, o estado que mais elegeu mulheres para o cargo desde os anos 1980. Foram três: Wilma de Faria (PTdoB), Rosalba Ciarlini (PP) e Fátima Bezerra (PT).