Você está visualizando atualmente Não há motivo para alarme em relação à mpox, afirma ministra da Saúde
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou que não há motivos para “alarme”, mas sim para “alerta” em relação ao mpox - Foto: World Economic Forum/Jakob Polacsek/Gov.br

Não há motivo para alarme em relação à mpox, afirma ministra da Saúde

Declaração de Nísia Trindade acontece após OMS declarar emergência de saúde global para a doença mpox

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou que não há motivos para “alarme”, mas sim para “alerta” em relação ao vírus mpox. A fala ocorre após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar, nesta quarta-feira (14), a doença como uma emergência de saúde global em decorrência do surto ocorrido na África.

A decisão tomada após a organização convocar seu comitê de emergência sobre mpox. Devido a preocupações de que uma cepa mais mortal do vírus, o clado Ib, tivesse atingido quatro províncias da África anteriormente não afetadas.

A ministra da Saúde também informou que deve instituir um comitê de operações para acompanhar a doença.

No ano passado, o Ministério da Saúde distribuiu 47 mil doses da vacina contra a mpox para grupos considerados prioritários em todos os estados e no Distrito Federal.

Em relação às vacinas, Nísia afirmou que inicialmente elas estavam direcionadas para um esforço de pesquisa, como preparação para uma eventual emergência. A ministra também disse que o Brasil deve estar preparado em caso de aumento na transmissão da doença.

O que é mpox?

A mpox é uma doença causada pelo mpox vírus, do gênero Orthopoxvirus e da família Poxviridae. A transmissão do vírus para humanos ocorre por meio do contato com pessoas infectadas ou materiais contaminados com o vírus.

A doença pode se espalhar por contato próximo, como toque, beijo ou sexo, bem como por materiais contaminados como lençóis, roupas e agulhas, segundo a OMS.

Os principais sintomas são lesões na pele, que podem vir acompanhadas de febre, dor no corpo, dor de cabeça, calafrios e fraqueza. De acordo com o Ministério da Saúde, o intervalo de tempo entre o primeiro contato com o vírus até o início dos sinais e sintomas da mpox varia de três a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias.

As lesões na pele podem ser planas ou levemente elevadas e são preenchidas por um líquido claro ou amarelado. Conforme a doença evolui, elas podem formar crostas, que secam e caem. As lesões podem se concentrar no rosto, na palma das mãos e na planta dos pés, mas também podem surgir em outras partes do corpo, incluindo boca, olhos, órgãos genitais e ânus.