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Um navio cargueiro fretado pela empresa de transporte marítimo Cargill tem ganho destaque em sua viagem de inauguração

Navio cargueiro movido a vento pode mudar a tecnologia marítima

Pyxis Ocean é uma navio cargueiro pioneiro numa nova tecnologia que funciona a partir de velas especiais gigantes

Um navio cargueiro fretado pela empresa de transporte marítimo Cargill tem ganho destaque em sua viagem de inauguração, que partiu da China com destino ao Brasil. Isso porque o Pyxis Ocean é pioneiro numa nova tecnologia que funciona a partir de velas especiais gigantes movidas a vento.

A embarcação pode ajudar a indústria a caminhar em direção a um futuro mais sustentável. É que a tecnologia permite que o navio levado pelo vento, em vez de depender apenas de seu motor. Dessa maneira, reduz as emissões de dióxido de carbono (CO2) em até 30%.

“Com a redução do consumo de combustíveis fósseis nós temos, consequentemente, a diminuição da emissão de poluentes”, disse Claudio Muller. Ele é professor do Departamento de Engenharia Naval e Oceânica da Escola Politécnica (Poli) da USP, em entrevista ao jornal da universidade.

  • As velas do Pyxis Ocean têm 37,5 metros de altura e construídas com o mesmo material das turbinas eólicas;
  • As turbinas tem como objetivo a geração de energia elétrica, mas também podem utilizadas como uma forma de aproveitar a energia dos ventos para a realização da manutenção dos navios;
  • Além disso, existem alternativas como os rotores cilíndricos, velas rígidas ou flexíveis. Assim como outros sistemas que utilizam a força dos ventos para a criação de uma força adicional.

Controlar a emissão dos gases do efeito estufa está sendo uma tarefa cada vez mais difícil, destaca o professor. O controle internacional – tanto de organizações como a ONU quanto blocos econômicos como a União Europeia (UE) – deve atuar de forma direta a respeito da emissão diária de combustíveis.

A maioria dos armadores são pequenos e médios, dessa forma, eles terão um desafio muito maior em encontrar mecanismo que contem com a redução das emissões, mas que também sejam financeiramente viáveis.

Fonte: Claudio Muller, professor do Departamento de Engenharia Naval e Oceânica da Escola Politécnica (Poli) da USP