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No documento, o BC pede "paciência" quanto à redução dos juros e diz que umanova alta de juros ficou "menos provável"

Após arcabouço fiscal, BC diz que nova alta de juros ficou ‘menos provável’

Ata do Copom pede paciência quanto à redução da Selic e nova alta de juros

No documento, o BC pede “paciência” quanto à redução dos juros e diz que uma nova alta de juros ficou “menos provável”. O Banco Central (BC) divulgou nesta terça-feira (9) a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que decidiu pela manutenção dos juros em 13,75%. Ainda que em meio à pressão de integrantes do governo.

Esta foi a sexta manutenção consecutiva da taxa básica de juros, a Selic. Aliás, está no maior patamar desde 2016, tornando o Brasil o país com o maior juro real do mundo.

O BC diz que está “vigilante” ao processo inflacionário e uma eventual alteração nas metas de inflação faria com que os preços voltassem a subir.

“O Comitê reforça que irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação, como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas. O Comitê avalia que a conjuntura demanda paciência e serenidade na condução da política monetária. Apesar de ser um cenário menos provável, não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”, diz.

Apesar de ressaltar que não há “relação mecânica” entre o arcabouço fiscal e a queda dos juros, o BC pontuou que a aprovação pode levar a uma melhora das expectativas.

“O Copom novamente enfatizou que não há relação mecânica entre a convergência de inflação e a aprovação do arcabouço fiscal. Uma vez que a trajetória de inflação segue condicional à reação das expectativas de inflação e das condições financeiras”, diz a ata.

O BC projeta que a inflação vai voltar a subir no segundo semestre do ano, com a volta integral dos impostos federais sobre itens de consumo, como a gasolina e o etanol.