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Pesquisadores reverteram o diabetes tipo 1 a partir de nova técnica com transplante de células produtoras de insulina - Foto: Marcelo Camargo/EBC

Nova técnica reverte diabetes e é esperança de cura

A doença crônica se caracteriza por níveis elevados de açúcar no sangue e considerada incurável

Pesquisadores reverteram o diabetes tipo 1 a partir de nova técnica com transplante de células produtoras de insulina e formadoras de vasos sanguíneos.

O número de adultos vivendo com diabetes no mundo ultrapassou a marca 800 milhões no final do ano passado, ou seja, um aumento de quatro vezes desde 1990. A doença crônica se caracteriza por níveis elevados de açúcar no sangue e considerada incurável.

 

Um cenário que pode mudar a partir do resultado de novo estudo pré-clínico. Pesquisadores conseguiram reverter um caso de diabetes tipo 1 através de uma técnica que combina o transplante de células produtoras de insulina com células formadoras de vasos sanguíneos modificados.

Objetivo é restaurar a capacidade do corpo produzir insulina

  • os cientistas explicam que as ilhotas pancreáticas são o único tecido humano que produz insulina em resposta ao aumento dos níveis de glicose no sangue;
  • no diabetes tipo 1, o sistema imunológico ataca e destrói lentamente estes grupos de células, o que causa à deficiência;
  • aliás, nos últimos anos, a ciência fez progressos notáveis em relação ao transplante de ilhotas;
  • objetivo é restaurar a capacidade produção de insulina pelo organismo;
  • no entanto, um grande desafio tem replicar o ambiente rico em vasos sanguíneos do qual as células dependem para sobreviver.

Camundongos com a doença passaram por experimento

Agora, pesquisadores da Weill Cornell Medicine, nos Estados Unidos, tiveram sucesso ao transplantar ilhotas junto com células formadoras de vasos sanguíneos modificadas. Esta técnica reverte o quadro de diabetes em testes feitos em camundongos.

O objetivo da equipe é desenvolver uma técnica menos invasiva que permitisse que as ilhotas implantadas em um local mais acessível, sob a pele, e que permitisse a sobrevivência delas. Por isso, eles projetaram células endoteliais humanas genéricas, que revestem o interior dos vasos sanguíneos.

O trabalho mostrou ser possível criar uma rede de vasos capazes de transportar o sangue a partir destas células modificadas. Além disso, as ilhotas se incorporaram à rede vascular recém-formada, o que significa que o organismo voltou a ser capaz de produzir insulina.

Os cientistas agora querem avançar nos estudos para comprovar a técnica segura e eficaz em humanos. A esperança é que a nova abordagem possa significar a cura da diabetes. As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista Science Advances.