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O novo ataque contra o ex-presidente Trump em dois meses, evidencia de forma explícita a violência como uma forte marca da política nos EUA - Foto: Isac Nóbrega/PR

Novo ataque contra Trump evidencia cultura da violência política nos EUA

Polarização extrema e livre acesso a armas são elementos que tornam o problema da violência mais intenso num país que já teve quatro presidentes assassinados durante seus mandatos 

O novo ataque contra o ex-presidente Donald Trump em apenas dois meses, evidencia de forma explícita a violência como uma forte marca da política nos Estados Unidos. 

A atual polarização extrema entre democratas e republicanos, o uso desenfreado de informações falsas (especialmente nas redes sociais), e o livre acesso a armas de praticamente todos os calibres são fatores que tornam o problema ainda mais sério. O país tem uma longa lista de líderes políticos assassinados por seus inimigos ou por pessoas desequilibradas. Isso de acordo com a classificadas das próprias investigações oficiais.  

Entre os mortos, estão nada menos do que quatro presidentes no meio de seus mandatos; Ou seja, Abraham Lincoln (1865), James Garfield (1881), William McKinley (1901) e John F. Kennedy (1963). 

Além deles, Ronald Reagan conseguiu sobreviver a um atentado contra ele em 1981. Em todos esses casos, os responsáveis pelos ataques eram homens usando armas de fogo –compradas em qualquer esquina nos Estados Unidos.Ainda é cedo para saber exatamente como este segundo atentado contra o ex-presidente Trump vai influenciar a votação daqui a apenas 50 dias. Mas é certo que os dois lados vão explorar o incidente. 

Aliados dizem de intervenção divina 

Aliados do candidato republicano já estão afirmando que ele sobreviveu apenas pela intervenção da providência divina. Assim, dizem que isso é uma mensagem para que os eleitores ajudem a mudar o país. 

O próprio Trump já se colocou, mais uma vez, como uma vítima do sistema, afirmando que “nada vai me deter e não vou me render”. 

A candidata democrata, Kamala Harris, e outros membros de seu partido devem invocar a necessidade de um controle maior do acesso às armas para impedir não apenas a violência política. Mas também os tristes episódios de tiroteios que deixam milhares de mortos todos os anos no país. 

Harris e seus aliados disseram ainda que “não existe espaço para a violência política” nos EUA. 

A história, no entanto, mostra o contrário. E será preciso que todos os líderes políticos façam muito mais para mudar essa realidade. Inclusive trabalhando muito mais duro para reduzir a polarização e dar um ar mais civilizado para a política. 

Fonte: cnn