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Com o novo remédio, os pacientes de HIV ganham a possibilidade de utilizar um tratamento com uma única dose diária

Ministério da Saúde distribui novo medicamento para pacientes com HIV

Combinação de medicamentos será de forma gradual, permitindo migração de uso da terapia com dois comprimidos para apenas um

O Ministério da Saúde concluiu a distribuição das primeiras unidades de uma combinação inédita de dois medicamentos eficazes para tratamento de pacientes com HIV ou aids: os antirretrovirais dolutegravir 50mg + lamivudina 300mg. No total, distribuíram aos estados e ao Distrito Federal 5,6 milhões de unidades do medicamento.

Antes, o tratamento do HIV envolvia exclusivamente combinações de vários medicamentos de diferentes classes para suprimir efetivamente o vírus e retardar a progressão da doença. Com o novo remédio, portanto, os usuários ganham a possibilidade de utilizar um tratamento com uma única dose diária.

Sendo assim, devido a atual disponibilidade do medicamento, a migração de uso da terapia com dois comprimidos para apenas um deve acontecer de forma gradual e contínua,

Critérios:

– Idade igual ou superior a 50 anos;

– Adesão regular;

– Carga viral menor que 50 cópias no último exame;

– Ter iniciado a terapia dupla até 30/11/2023.

Os critérios para ampliar o público, contemplados no novo modelo de tratamento poderão ser revistos em seis meses, observando, por exemplo, a tendência de crescimento das prescrições e a disponibilidade do medicamento em estoque na rede.

As orientações sobre o uso da terapia e de preenchimento do formulário de dispensação de antirretrovirais estão disponíveis em nota técnica no site do Ministério da Saúde.

Enfrentamento da epidemia de HIV e aids

A distribuição da combinação de medicamentos é parte da estratégia prioritária da pasta para eliminar o HIV e a aids como problemas de saúde pública. Em 2023, o ministério ultrapassou o valor de R$ 1,8 bilhão investidos em medicamentos contra o vírus.

Ainda no ano passado, lançaram um comitê interministerial para eliminação de doenças socialmente determinadas. Coordenado pelo Ministério da Saúde, o grupo irá funcionar até janeiro de 2030. Entre 2017 e 2021, a aids foi a causa básica da morte de mais de 59 mil pessoas no Brasil. Outra novidade, foi a recriação da Comissão Nacional de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Cnaids).

Entre as ações, também lançaram o novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para manejo da infecção pelo HIV em adultos. Aliás, o documento é uma espécie de guia de cuidado e assistência. Assim, se caracteriza por incorporar medicamentos e elaborar condutas de tratamento. A publicação explica ainda como funciona o cuidado com uma pessoa infectada pelo HIV e como lidar com o aparecimento de doenças oportunistas.