Doenças cardiovasculares são causadoras de 400 mil mortes por ano no país
O cantor gospel Pedro Henrique, morreu durante uma apresentação na Bahia após sofrer infartos e pode ter sido mais um dos jovens vitimados por doenças cardiovasculares no Brasil, problema que cresce.
Somente em mulheres de 15 a 49 anos, houve aumento de 62% no número de mortes por infarto no país entre 1990 e 2019 (alta de 176%), conforme a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
“A incidência no público mais jovem vem aumentando consideravelmente por causa de fatores como estilo de vida sedentário, má alimentação, tabagismo e estresse”, diz Jasvan Leite, cardiologista do Hospital do Coração (Hcor).
Esses comportamentos provocam doenças como hipertensão arterial, diabetes e colesterol elevado que, assim, contribuem para a ocorrência do infarto.
“Os males que acometem o coração começam a surgir por volta dos 30 anos. Porém, pessoas que apresentam histórico familiar ou fatores de risco devem procurar atendimento médico mais cedo”, completa o médico.
As doenças cardiovasculares são as mais prevalentes na população mundial e a principal causa de morte no país.
Estima-se que uma pessoa morra no Brasil por essa causa a cada 90 segundos. O cálculo, entretanto, dá 400 mil pessoas por ano.
Essas doenças causam o dobro de mortes que todos os tipos de cânceres juntos, segundo a SBC.
Além disso, elas provocam 2,3 vezes mais mortes que todas as causas externas (acidentes e violência) e três vezes mais que as doenças respiratórias.
Sintomas de infarto
Apenas 2% dos brasileiros sabem reconhecer os sintomas de um infarto, afirma Leite. Segundo o especialista, são eles:
- dores e sensação de aperto no peito, associado a falta de ar;
- sudorese fria; e
- náuseas.