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Estado Islâmico, grupo militante que já buscou o controle de áreas do Iraque e da Síria, reivindicou a responsabilidade do ataque em Moscou

O que se sabe sobre o ataque na casa de shows perto de Moscou

O Estado Islâmico, o grupo militante que já buscou o controle de áreas do Iraque e da Síria, reivindicou a responsabilidade pelo ataque perto de Moscou

Homens armados invadiram o Crocus City Hall, perto de Moscou, matando pelo menos 143 pessoas e ferindo muitas outras dezenas, no ataque mais mortal na Rússia desde o cerco à escola de Beslan em 2004.

O que se sabe sobre o ataque?

O ataque

Os quatro homens, armados com Kalashnikov automáticas chegaram no Crocus City Hall por volta das 19h40 (13h40, no horário de Brasília) em uma minivan.

Os homens, no entanto, caminharam calmamente em direção aos detectores de metal na casa de shows e iniciaram os disparos à queima-roupa contra civis aterrorizados que caíam gritando em meio a uma enxurrada de balas.

Investigadores russos disseram que os homens começaram a atear fogo ao prédio. Algumas testemunhas disseram que eles derramaram algum tipo de líquido em assentos como cortinas em vários lugares antes de atearem fogo.

Número de mortos

O comitê investigativo da Rússia disse que o número de mortos foi de 133, mas Margarita Simonyan, jornalista da TV estatal russa e chefe do Russia Today, falou em 143.

Algumas fontes disseram que 145 pessoas ficaram feridas. A região de Moscou disse que 121 pessoas ficaram feridas. Mais cedo, a informação era de que 60 dos feridos estavam em estado crítico.

Responsabilidade

O Estado Islâmico, o grupo militante que já chegou a buscar o controle de áreas do Iraque e da Síria, reivindicou a responsabilidade pelo ataque, disse a agência do grupo, Amaq, no Telegram cerca de quatro horas após o início do atentado.

Os Estados Unidos têm informações de inteligência que confirmam a reivindicação do Estado Islâmico pela autoria de um ataque a tiros.

Mas as autoridades disseram que os EUA alertaram a Rússia nas últimas semanas sobre a possibilidade de um ataque. Uma medida que, de acordo com eles, levou a embaixada do país em Moscou a emitir um alerta aos norte-americanos.

O presidente russo, Vladimir Putin, disse em um discurso à nação que os quatro homens que atacaram a casa de shows perto de Moscou se dirigiam para a Ucrânia quando detidos e que eles esperavam atravessar a fronteira.

Putin classificou o inimigo como “terrorismo internacional” e disse que estava pronto para se unir com qualquer Estado que quisesse derrotá-lo. A Ucrânia tem negado qualquer envolvimento no ataque.

Os agressores

O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) disse ter detido 11 pessoas, incluindo os quatro homens que realizaram o ataque. A mídia russa disse que os homens fugiram do local em um carro branco e detidos na região de Bryans.

Imagens publicadas pela mídia russa e por canais do Telegram com ligações estreitas com o Kremlin, mostram alguns dos suspeitos sendo interrogados na beira da estrada.

Quando questionado sobre o motivo, ele disse: “Por dinheiro”. O homem disse que lhe prometeram meio milhão de rublos (pouco mais de 5 mil dólares) pelo Telegram, onde ele estava ouvindo um homem orar.

Perguntaram se ele esteve na Turquia no dia 4 de março e respondeu que “sim”. Então, foram informados sobre onde ficavam os depósitos de armas e retiraram as armas de lá, disse o homem.

Mostraram um dos suspeitos, com o rosto machucado e cortado, falando por meio de um tradutor tadjique. Assim como outro, saindo da floresta com o rosto coberto de sangue devido ao que parecia ser um ferimento no ouvido.

Questionado, ele disse que seu nome era Rajab Alizadeh. Entretanto, teve dificuldade em informar sua data de nascimento em russo.