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A peça ‘O caixeiro da taverna’ fica em cartaz no Sesc Arsenal, em Cuiabá

O CAIXEIRO DA TAVERNA: Peça é encenada por jovens no Sesc Arsenal

Alunos do ensino médio encenam a peça O caixeiro da taverna

A peça ‘O caixeiro da taverna’ é uma comédia adaptada da obra de Martins Pena (1815-1848) que narra de forma divertida as artimanhas do jovem português Manoel Pacheco, caixeiro da taverna da viúva Angélica, cujo maior sonho é se tornar seu sócio, mas que faz inúmeras artimanhas para obter o que tanto deseja. Afinal, qual o limite da ambição?

O objetivo dos alunos do 3º ano do ensino médio da Escola Livre Porto Cuiabá, que estarão em cartaz entre quinta-feira e domingo (1 e 4/9), no teatro do Sesc Arsenal, em Cuiabá, é justamente fazer uma crítica social, mas de forma descontraída e divertida, levando a plateia a rir das peripécias do caixeiro.

Para os estudantes Leandro Ceolin e Thiago Santana Couto, que interpretam o personagem Manoel, mesmo que as peripécias do caixeiro tenham bom humor, ele possui uma conduta dissimulada e manipuladora para tentar sempre levar vantagem, o que não é bom.

Já o outro personagem vivenciado por eles, Francisco, amigo de Manoel, é o oposto, muito honesto e generoso, mas ele quase sempre se dá mal.

“São dois estereótipos de conduta que nos ensinaram muito sobre empatia e valores. Além disso, não deixou de ser um preparativo para a vida lá fora, na faculdade e no mercado de trabalho. Ali, vamos nos deparar o tempo todo com pessoas com este mesmo perfil do Manoel, então, temos que estar preparados”, destacaram.

Empoderamento feminino

Outro tema abordado é o empoderamento feminino, levando em conta que a peça é do final do século 19. “Tanto Deolinda (a costureira), quando a viúva Angélica (a dona da taverna), são mulheres fortes, ‘afrontosas’, que tiveram coragem de brigar para serem valorizadas como mulher e profissionais. Esse é um movimento que ainda hoje temos que fazer”, afirmam as estudantes Ana Júlia e Gabryelle Zanol.

A pressão vivida pelo personagem Francisco, que mesmo tendo aspiração de se tornar conhecedor das leis e da política, acabou se tornando oficial latoeiro, como o pai, foi algo que despertou reflexões em Thiago:

“Não podemos escolher a carreira profissional para agradar ninguém. Temos que poder seguir o próprio caminho, afinal, a sociedade precisa de médicos e de artistas, todas profissões são importantes”.

O professor de música, Ricardo Porto, frisa a importância da música para dar liberdade aos alunos para trabalhar os temas abordados. A música possui várias vertentes da arte, camadas que aparecem durante a apresentação para envolver o público. “São camadas de expressão que completam o sentido e despertam emoções das mais diversas nas pessoas”.