Em Tóquio, o Brasil ficou em 12º no quadro geral com 21 medalhas
O desafio para os atletas brasileiros para as Olimpíadas de Paris 2024 está cada vez maior, de acordo com o vice-presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Marco Antônio La Porta. Na pior das hipóteses, o desafio é ter um resultado similar a Tóquio 2020. “Desafio para Paris se torna maior ainda. Isto porque nós temos que fazer alguma coisa diferente para, na pior das hipóteses, manter o padrão que o Brasil atingiu”, disse.
Em Tóquio, o Brasil ficou em 12º no quadro geral com 21 medalhas, sendo 7 de ouro, 6 de prata e 8 de bronze. Foi o melhor resultado do país em uma olimpíada, superando Rio 2016.
“Se nós formos olhar o quadro de medalhas, a gente ficou em 12º, e há um grupo de países ali que a gente chama de Top10. Tem Estados Unidos, Grã-Bretanha, China, Japão, Alemanha, França, que estão dez medalhas, no total, na nossa frente e cerca de três medalhas de ouro. O que que a gente precisa fazer para a gente chegar nesse patamar? É isso que é a discussão que a gente tem hoje dentro do COB. Eu acho que essa discussão não tem que ser só do COB, ela tem que ser uma discussão do sistema esportivo brasileiro inteiro”, disse La Porta.
O vice-presidente do COB foi entrevistado nesta segunda-feira (25) no programa Sem Censura da TV Brasil e falou sobre temas como a experiência de Tóquio 2020, as preparações para Paris 2024, as modalidades em teste nas olimpíadas, as confederações e o papel dos clubes.
Desafio cada vez maior para as instituições e atletas brasileiros nas Olimpíadas de Paris
La Porta disse ainda mais, que os países que compõe esse TOP10 são as verdadeiras potências olímpicas. Segundo ele, com o resultado de Tóquio 2020, algumas pessoas perguntaram se o Brasil é uma potência olímpica e ele responde que não. “O Brasil só será uma potência olímpica quando primeiro for uma nação esportiva. Esse é o primeiro passo. Tiver uma massificação, as pessoas praticando esporte, você ter esportes com muita gente praticando. Nós precisamos cada vez melhorar o apoio que a gente dá ao atleta, para que ele possa performar melhor e, em paralelo, nós precisamos de políticas que façam com que o Brasil se transforme realmente em uma nação esportiva”, disse.
Sobre as Olimpíadas de Paris, a logística vai ser mais fácil do que em Tóquio, embora o ciclo seja mais curto, de três anos. “Estamos conversando com as confederações, tentando montar essa logística de como vai ser a preparação das equipes para Paris. É um modelo mais fácil, porque várias confederações, algumas modalidades, já tem o seu local de treinamento. E temos também a vantagem de que todos os nossos campeões olímpicos e nossos medalhistas olímpicos estão em uma idade que permite mais um ciclo”, disse.
Fonte: Agência Brasil