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O bronze de André Rocha, no lançamento de disco da classe F52, histórica para o Brasil, que atingiu a marca de 400 medalhas em Paris 2024 - Foto: Foto: Wander Roberto/CPB

PARIS 2024: Brasil chega a 400 medalhas em Jogos Paralímpicos com pódio de André Rocha

O bronze de André Rocha, no lançamento de disco da classe F52 , histórica para o Brasil, atingiu a marca de 400 medalhas nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024

Com 27 medalhas (8 de ouro, 4 de prata e 15 de bronze) nos primeiros dias de competição, o Brasil é o 4º colocado no quadro de medalhas dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, atrás da China, que tem 30 ouros e 67 medalhas, da Grã-Bretanha, que soma 23 ouros e 43 pódios, e dos Estados Unidos, que têm oito ouros e 26 medalhas (leva vantagem no número de pratas –com 10)

Estreante em Jogos Paralímpicos, André Rocha já tem três medalhas em mundiais de atletismo – ouro em Londres 2017, e em Kobe 2024; e bronze em Paris 2023. O atleta nascido em Taubaté chegou a Paris 2024 como o detentor do recorde mundial – 23,80m.

Na prova deste domingo (1), André não conseguiu se aproximar da marca, alcançando 19,48m na melhor tentativa. Além disso, o italiano Rigivan Ganeshamoorthy, que ficou com o ouro, estabeleceu o novo recorde mundial e paralímpico, com 27,06m. O letão Aigars Apinis, com 20,62m, ficou com a prata.

Aliás, André era policial militar e durante uma perseguição policial em 2005 caiu de um muro alto que ocasionou uma grave lesão na coluna lombar. Depois de complicações na cirurgia e uma nova e grave lesão na coluna cervical anos depois, ficou com lesões permanentes também nos membros superiores, tornando-se tetraplégico. Conheceu o esporte paralímpico em 2013, em um projeto da prefeitura de sua cidade.

Histórico do Brasil nos Jogos Paralímpicos

Até o início de Paris 2024, o Brasil tinha um total de 373 medalhas – 109 ouros, 132 pratas e 132 bronzes — na história dos Jogos Paralímpicos. Ou seja, desde que começaram teve a primeira edição em Roma 1960.

A primeira participação brasileira na história dos Jogos Paralímpicos foi em Heidelberg, na então Alemanha Ocidental, em 1972. No entanto, um atleta brasileiro só subiu ao pódio quatro anos depois, nos Jogos de Toronto 1976, no Canadá. A dupla formada por Robson Sampaio de Almeida e Luiz Carlos da Costa conquistou a prata no Lawn Bowls, modalidade semelhante à bocha e praticada na grama.

A melhor campanha do Brasil em Jogos Paralímpicos foi em Tóquio 2020, com 72 medalhas no total (22 de ouro, 20 de prata e 30 de bronze), com o sétimo lugar no quadro de medalhas. Quatro anos antes, no Rio 2016, os brasileiros obtiveram o mesmo número de pódios, mas com menos ouros (14, além de 29 pratas e 29 bronzes). Isto é, com o oitavo lugar no quadro de medalhas.

Desde Pequim 2008 (16 ouros, 14 pratas e 17 bronzes), o Brasil tem ficado no top-10 no quadro de medalhas. Após o nono lugar na China, a delegação brasileira conseguiu o sétimo lugar em Londres 2012 (21 ouros, 14 pratas e oito bronzes).

Em Paris, o Brasil tem a maior delegação para uma edição dos Jogos fora do país, com 280 atletas no total. São 255 com deficiência, 19 atletas-guia (18 para o atletismo e 1 para o triatlo), três calheiros da bocha. 2 goleiros do futebol de cegos e um timoneiro do remo.

Em seguida, confira as medalhas do Brasil por edição

1976: 1 prata
1984: 7 ouros, 17 pratas e 4 bronzes
1988: 4 ouros, 9 pratas e 14 bronzes
1992: 3 ouros e 4 bronzes
1996: 2 ouros, 6 pratas e 13 bronzes
2000: 6 ouros, 10 pratas e 6 bronzes
2004: 14 ouros, 12 pratas e 7 bronzes
2008: 16 ouros, 14 pratas e 17 bronzes
2012: 21 ouros, 14 pratas e 8 bronzes
2016: 14 ouros, 29 pratas e 29 bronzes
2020: 22 ouros, 20 pratas e 30 bronzes
2024: 8 ouros, 4 pratas e 15 bronzes

Fonte: Ascom/CPB