Em reunião com Parlamentares no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), a desembargadora Clarice Claudino da Silva sugeriu uma audiência de conciliação entre Legislativo e Executivo
O avanço das obras da Ferrovia Senador Emílio Vuolo em Rondonópolis fez moradores de seis bairros do município pedirem intervenção dos Parlamentares para impedir a mudança no traçado dos trilhos, autorizada pela Sema. O decreto expedido pela ALMT, por iniciativa dos deputados Thiago Silva, Nininho, Cláudio Ferreira e Sebastião Rezende , suspendeu a Licença de Instalação da obra. Dessa maneira, tornou-se centro de discussão jurídica com o Executivo.
Para derrubar o decreto e dar continuidade à ferrovia, o Governo do Estado apresentou três ações diferentes. Uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), no Supremo Tribunal Federal (STF), assim como um Mandado de Segurança e uma Ação Direta de Inconstitucionalidade.
Em busca de solução para o conflito, os parlamentares proponentes do decreto participaram de reunião no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
Os deputados, acompanhados pelos procuradores da ALMT (Ricardo Riva e Bruno Cardoso), reforçaram os impactos negativos da alteração do traçado. Assim defenderam a chegada a um entendimento para que a obra, importante para o desenvolvimento do estado, possa seguir de forma responsável. A realização de uma audiência de conciliação entre o Legislativo e o Executivo foi uma das sugestões da desembargadora Clarice Claudino durante a reunião.
Trilhos da ferrovia
No projeto original, os trilhos da ferrovia ficariam a aproximadamente 30 quilômetros de distância da cidade de Rondonópolis. Alegando redução de custos, a empresa Rumo, responsável pela obra, buscou a alteração do traçado junto à Sema, e que aprovaram. Na nova proposta, os trilhos atravessam o município e atingem diretamente os bairros de Vila Operária, Jardim Maria Amélia, Pedra 90, Rosa Bororo, Parque Universitário e Vila Olinda.
Para aprovação do decreto legislativo, os deputados levaram em conta os impactos sociais e ambientais. Bem como os riscos de acidente, barulho excessivo e necessidade de desapropriações para concretizar a obra.