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O pássaro pré-histórico takahe, é uma espécie nativa da Nova Zelândia que já foi considerada extinta

Pássaro pré-histórico extinto retorna à natureza

Libertaram dois pássaros takahe, uma espécie nativa da Nova Zelândia já considerada extinta em um santuário da capital Wellington

A ação foi celebrada pelos defensores ambientais do país, que reúnem esforços para aumentar o número da espécie do Pássaro pré-histórico e estabelecer populações selvagens autossustentáveis.

O takahe é um pássaro terrestre – suas asas usadas só para exibição no namoro ou para demonstrar agressão. Ele é característico por pernas vermelhas, assim como o seu bico, considerado grande e forte. As penas do takahe variam em tons de azul escuro, turquesa e verde oliva. De acordo com a Te Ara (uma enciclopédia online do governo local sobre o país), há vários milhões de anos, os seus antepassados voaram da Austrália para a Nova Zelândia, onde, sem predadores terrestres, o takahe tornou-se incapaz de voar.

De grande valor cultural e espiritual para os neozelandeses, especialmente para o Ngai Tahu, que é o principal Maori (o povo nativo da Nova Zelândia) da Ilha Sul, o animal foi considerado extinto em 1898. Entretanto, em 1948, um pequeno grupo do pássaro o redescobriu nas montanhas Murchison.

A redescoberta do takahe incentivou a criação do programa de espécies ameaçadas mais antigo da Nova Zelândia, de acordo com o Departamento de Conservação do País. Para garantir sua preservação, adotaram medidas como técnicas de reprodução em cativeiro, translocações de ilhas e libertações selvagens. Hoje, a espécie classificada como “Nacionalmente Vulnerável”, e o Departamento de Conservação da Nova Zelândia estima uma população de 400 pássaros.

Lago Whakatipu Waimaori

Waitaa (3 anos, fêmea) e Bendigo (6 anos, macho). Essas são as aves libertadas que se juntaram a outro par de takahe já libertos no santuário de Nova Zelândia, na Ilha Norte. Pelo seu histórico, especialistas acreditam que o Bendigo seja infértil. Por isso, soltaram as aves no santuário, em vez de ficarem na área do santuário que tem o hábitat adequado para reprodução.

Libertaram na semana passada, nove casais em idade reprodutiva no Lago Whakatipu Waimaori. Essa libertação das aves nas terras Ngai Tahu, é uma tentativa de estabelecer uma terceira população selvagem na Ilha do Sul. Aliás, a expectativa é soltar mais sete aves em outubro e outros 10 takahe em idade juvenil no início de 2024, segundo o Guardian.