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Pedro Castillo anunciou a dissolução do Congresso mais cedo, ato que foi visto como golpe de Estado pela oposição e pelo governo

Pedro Castillo, presidente do Peru é preso por forças de segurança

Pedro Castillo anunciou a dissolução do Congresso mais cedo, ato que foi visto como golpe de Estado pela oposição e pelo governo

O presidente afastado do Peru, Pedro Castillo , detido pelas forças de segurança nesta quarta-feira (7), de acordo com imagens mostradas em um tuíte publicado pela Polícia Nacional, logo após o Congresso votar para removê-lo do poder em um processo de impeachment.

“Em cumprimento de nossos poderes e atribuições descritos no art. 5 da Lei DL nº 1.267 da Polícia Nacional do Peru, as tropas do PNP intervêm junto ao ex-presidente Pedro Castillo”, publicou a instituição nas redes sociais.

Minutos depois, a Polícia Nacional apagou o tuíte. Outras contas no Twitter, porém, salvaram a foto e republicaram. De acordo com informações da agência EFE, Castillo está preso neste momento na sede da prefeitura da capital do país, Lima.

A detenção ocorreu após o ex-presidente do país anunciar no início da tarde, a dissolução do Congresso e a promoção de estado de exceção no Peru. O ex-mandatário também chegou a divulgar uma convocação para a elaboração de uma nova Constituição.

As ações de Castillo não foram bem recebidas nem pela oposição nem pelo governo, enfrentando resistência, inclusive, da vice-presidente do país, Dina Boluarte. Nas próximas horas, a braço direito do ex-presidente assumiu o poder no país, em uma cerimônia de posse realizada no Congresso.

Pedro Castillo, de 53 anos, era presidente do Peru e foi responsável por dissolver o Parlamento do país e convocar novas eleições nesta quarta-feira (7). Logo depois foi destituído do cargo e preso.

Mas foi uma grande surpresa no primeiro turno das eleições presidenciais no Peru. Isto é, um país com eleitores profundamente decepcionados com seus políticos tradicionais.

O presidente eleito em julho de 2021, ficou conhecido no cenário nacional em 2017, após liderar uma greve de professores de quase três meses exigindo aumento de salários.