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A tecnologia da perna biônica tem uma alternativa para ajudar pessoas com deficiência ou amputação, diz estudo do MIT

Perna biônica usa comandos do cérebro para reabilitar amputados

A tecnologia da perna biônica tem uma alternativa para ajudar pessoas com deficiência ou amputação

Mais uma prova disso foi apresentada em um estudo do Massachusetts Institute of Technology (MIT) na última segunda-feira (1): uma perna biônica controlada pelo cérebro, que permite andar, subir escadas e ultrapassar obstáculos com mais facilidade.

Os sete pacientes que participaram do estudo passaram por uma cirurgia que reconecta músculos no membro residual, permitindo receber um feedback “proprioceptivo” sobre a prótese.

O artigo diz que os pacientes também sentiram menos dor e contudo menos atrofia muscular após essa cirurgia, chamada de interface mioneural agonista-antagonista.

Conexão dos músculos

Nesse novo método, em vez de cortar as interações musculares, os médicos conectam as duas extremidades dos músculos para que eles ainda se comuniquem dinamicamente entre si.

A equipe, portanto, descobriu que esse feedback sensorial se traduz em uma capacidade suave e quase natural de caminhar e contornar obstáculos.

Nos testes que originaram o artigo, os pacientes usaram uma prótese com eletrodos que podem detectar sinais de eletromiografia (EMG) dos músculos tibial anterior e gastrocnêmio. Esses sinais foram alimentados em um controlador robótico que ajuda a prótese a calcular o quanto dobrar o tornozelo e quanta potência fornecer.

Perna biônica eficaz

Testaram as próteses em várias situações: caminhada em terreno plano, subida de uma ladeira, descida de uma rampa, subida e descida de escadas. e caminhada em superfície com obstáculos.

Em todas as situações, as pessoas com a interface neuroprotética AMI conseguiram andar quase na mesma velocidade que as pessoas sem amputações. Bem como contornar obstáculos com mais facilidade. Elas também mostraram movimentos mais naturais.

Considerando os dados da Sbacv, são mais de 245 mil amputações no Brasil de 2012 e 2021. Ou seja, uma média diária de 79,1 amputações, significa que, a cada hora, três brasileiros passam por amputação. O novo sistema se mostra necessário e futuramente relevante para a medicina. Mas ainda há uma longa trajetória até que seja uma realidade para esses pacientes.