A princípio o grande potencial para a produção de hidrogênio renovável no país nos próximos dez anos é uma oportunidade para reindustrializar o país. A afirmação é do presidente da Associação Brasileira de Hidrogênio (ABH2) e pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Paulo Emílio Valadão de Miranda. Ele participa, nesta semana, do 3º Congresso Brasileiro de Hidrogênio, em Maricá, no Grande Rio, que vai até quarta-feira (31).

O hidrogênio é um elemento químico que pode usado como combustível. Sua obtenção é feita de várias formas, entre elas por transformação de combustíveis fósseis (com extração e liberação de gás carbônico na atmosfera). Ou seja, eletrólise da água ou biomassa.

Segundo Paulo Emílio Miranda, o país tem hoje 850 indústrias de biogás. “O uso de biomassa de rejeito e manejo fará com que essa origem de matéria-prima represente em uma década, a maior parte do hidrogênio produzido no Brasil para fins energéticos. Há uma oportunidade de crescimento industrial no Brasil no que se refere à utilização desse elemento químico”, explicou.

Vantagem do baixo custo de produção

Também é possível extrair , em sua forma gasosa, diretamente de depósitos subterrâneos. Miranda afirmou que, em Maricá, cidade que sedia o congresso, encontraram depósitos.

Conforme informou, os depósitos subterrâneos do hidrogênio são constantemente renovados. “Ele [o hidrogênio do subsolo] também tem a vantagem do baixo custo de produção comparado com as técnicas atuais, embora não conheçamos muito bem o potencial, com as taxas e volumes de produção”.

Portanto, o 3º Congresso Brasileiro reúne especialistas, empresas e representantes do governo. A programação completa está diponível ao vivo ou em vídeos gravados por meio do canal do congresso no Youtube.