Resultados preliminares de testes foram positivos da prótese com antibiótico para tratar infecções
A substituição de articulações desgastadas por prótese tem trazido melhor qualidade de vida para pessoas com diferentes quadros de saúde, especialmente idosos, que conseguem voltar a se locomover sem dor após o procedimento. Mas, em alguns casos, a melhora interrompida por infecções, demandam um longo tratamento com antibióticos e a retirada das próteses, devolvendo o paciente a uma rotina com limitações.
Um projeto desenvolvido por pesquisadores paranaenses, pretende ajudar a mudar esse percurso. Ou seja, uma prótese biodegradável, fabricada em impressora 3D a partir de um polímero plástico que pode ser associado com antibióticos.
O material está em fase de testes clínicos e aplicado, até agora, em 15 pacientes. Assim, receberam próteses de quadril no Hospital Universitário Cajuru em Curitiba, com resultados preliminares positivos.
Atualmente, quando o paciente desenvolve uma infecção, ele precisa retirar a prótese permanente de titânio. Portanto, fica sem nenhum substituto enquanto a doença é tratada, o que costuma levar pelo menos seis meses
A prótese de polímero visa substituir a permanente durante o tempo de tratamento. Com o adicional do antibiótico, que ajuda a controlar a infecção diretamente no local afetado. Depois de vencer a batalha contra as bactérias, o paciente pode receber novamente a prótese permanente, com menos riscos de complicações.
Produção em larga escala de modelos padronizados
O uso da impressora 3D também é uma grande vantagem. Mas já que permite tanto a produção em larga escala de modelos padronizados, com um baixo custo, quanto de peças personalizadas.
Os pacientes que receberam a prótese temporária de quadril continuam sendo avaliados. Sendo assim, a pesquisa espera fazer testes clínicos com pessoas que precisam de prótese no joelho e no ombro no ano que vem.
A equipe também está ampliando a estrutura de produção, após receber um financiamento de R$ 3 milhões do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O novo centro de impressão 3D vai permitir que as próteses sejam enviadas à rede pública de todo o Brasil.
“O objetivo é fornecer as próteses para todos os hospitais que quiserem participar do projeto. A gente tem aqui capacidade de produção e material para anos de próteses”, conclui Tuon.