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Paulo Gonet  da PGR diz que a modalidade de transferência de recurso omite dados e informações e a compara com orçamento secreto

PGR pede para STF declarar inconstitucional as emendas Pix

Paulo Gonet da PGR diz que a modalidade de transferência de recurso omite dados e informações e a compara com orçamento secreto

A PGR pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que declare inconstitucional as chamadas “emendas Pix”.

Esse instrumento, uma modalidade de emenda parlamentar, envolve a transferência direta do dinheiro a estados e municípios, sem fiscalização por parte do governo.

Para o procurador-geral da República, Paulo Gonet, as transferências feitas por meio dessas emendas “omitem dados e informações indispensáveis para o controle da execução dos recursos transferidos”.

Gonet comparou o instrumento com as emendas do chamado “orçamento secreto”, pela falta de transparência, controle e rastreabilidade sobre os valores transferidos. Segundo ele, essa modalidade representa um “prejuízo inaceitável” ao de controle.

“O mecanismo das transferências especiais (“emendas Pix”), portanto, a despeito do alegado intuito de produzir celeridade ao processo. E não se revela admissível, por importar perda da transparência e da rastreabilidade dos recursos alocados”, disse o PGR.

O PGR disse que as emendas Pix são “desprovidas das ferramentas de fiscalização constitucionais”, que podem se transformar em “instrumento deturpador das práticas republicanas de relacionamento entre agentes públicos. Todavia, propiciando o proveito de interesses distintos dos que a atividade política deve buscar”.

“Bem se vê que as ‘emendas Pix’, a exemplo das emendas do Relator-geral no ‘orçamento secreto’. Assim como omitem dados e informações indispensáveis para o controle da execução dos recursos transferidos, provocando perda de transparência, de publicidade e de rastreabilidade”, declarou.