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PIB confirma desaceleração da economia no terceiro trimestre. Segmento da agropecuária sinaliza esgotamento para os próximos meses Foto: Semadesc

PIB confirma estabilidade da economia, que deve permanecer no 4º trimestre

PIB confirma desaceleração da economia no terceiro trimestre

O resultado do PIB confirmou a expectativa de desaceleração adicional da economia no 3º trimestre, como reflexo em especial do ajuste das condições monetárias, tendo em vista a necessidade de redução da inflação e convergência à meta, além dos efeitos diretos e indiretos do contexto global mais complexo e protecionista. A expectativa é que o último período do ano seja marcado também por estabilidade, com a economia crescendo 2,3% no ano.

De forma geral, observam-se setores mais sensíveis ao crédito e à competição global com maior tendência de desaceleração, em contraposição ao desempenho bastante positivo dos setores agropecuário e extrativo no ano até o momento.

Para os próximos meses, os segmentos da agropecuária e da indústria extrativa indicam esgotamento de contribuição. Isso ocorre diante da menor produção sazonal de grãos e do arrefecimento da expansão de petróleo e minério. Ainda assim, a dinâmica de perda de tração da indústria de transformação e dos serviços deve se manter. Do mesmo modo, o consumo das famílias e os investimentos devem sustentar-se pelo lado da demanda.

É fato que, pelo lado da demanda, destaca-se a perda mais intensa de tração do consumo das famílias. Isso se deve, ainda mais, à revisão da série histórica feita pelo IBGE. Apesar disso, o mercado de trabalho mostra resiliência. Contudo, o canal do crédito tem limitações nas concessões e alta inadimplência. Além disso, a inflação de serviços elevada atua como contraponto relevante.

Expectativa para os próximos trimestres

Para os próximos trimestres, ainda que haja moderação adicional do mercado de trabalho, a expectativa permanece positiva. O efeito dos programas sociais, como “Luz para Todos” e “Gás para o Povo”, deve limitar a desaceleração do consumo. Nesse sentido, a reforma da renda e as medidas voltadas ao setor imobiliário também devem contribuir.

Para 2026, a estimativa é de crescimento de 1,8%, considerando que as medidas do governo com os efeitos da reforma da renda devem adicionar entre 0,3 e 0,4 ponto porcentual na taxa de crescimento do próximo ano. Após esse período de estabilidade nos últimos trimestres de 2025, a economia deve mostrar taxas trimestrais moderadamente maiores, com crescimento médio trimestral de 0,5% no primeiro semestre de 2026.