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O planeta atinge nesta quinta-feira (23) a sobrecarga de recursos naturais, ou seja: todos os recursos disponíveis para o ano de 2025

Planeta atinge sobrecarga de recursos nesta quinta-feira; saiba mais

Humanidade utiliza a natureza 1,8 vezes mais depressa do que os ecossistemas conseguem se regenerar

O planeta atinge nesta quinta-feira (24) a sobrecarga de recursos naturais, ou seja, todos os recursos disponíveis para o ano de 2025 foram consumidos nos primeiros sete meses. Isto significa que a humanidade utiliza a natureza 1,8 vezes mais depressa do que os ecossistemas conseguem se regenerar.

O Earth Overshoot Day, ou Dia da Sobrecarga do Planeta é a data em que a procura por recursos naturais pela humanidade ultrapassa a capacidade da Terra de se reabastecer durante todo o ano.

Os cálculos são da organização internacional de sustentabilidade Global Footprint Network. Portanto, nas contas da organização, tudo que o Planeta consumir a partir de amanhã passa a ser no “cartão de crédito”.

Em comunicado, a Global Footprint Network ressalta que as pessoas emitem mais dióxido de carbono (CO₂) do que a biosfera pode absorver. Assim como usam mais água doce do que o que é possível repor, colhem mais árvores do que as que podem crescer de novo. Assim também, pescam mais rápido do que as reservas de peixe se reabastecem, entre outros fatores.

Humanidade precisa se apressar e promover as mudanças necessárias

A utilização de recursos além do que a natureza pode renovar “esgota inevitavelmente o capital natural da Terra”. Sendo assim, compromete a segurança dos recursos a longo prazo, “especialmente para aqueles que já têm dificuldades de acesso aos recursos necessários”, alerta.

Ainda que o Dia da Sobrecarga deste ano tenha chegado uma semana mais cedo (em geral data é 1° de agosto), a Global Footprint Network diz que o dia tem se mantido com alguma estabilidade nos últimos 15 anos, sempre em torno dos primeiros sete meses do ano.

Apesar da tendência de estagnação, a associação ambientalista portuguesa Zero destaca, mesmo sem grande variação na data da sobrecarga. Isto é, a pressão sobre o planeta continua aumentando devido ao acumulo de danos.

Para a organização, a humanidade precisa se apressar e “promover as mudanças necessárias”. Ou seja, reavaliar o impacta, suas atividades e necessidades sobre a capacidade de recarga do planeta.

A GFN adverte que o excesso de emissões de CO₂ não causa apenas a perda de biodiversidade e o esgotamento de recursos. Mas também faz estagnar a economia, aumenta a inflação, a insegurança alimentar e energética, as crises sanitárias e os conflitos.

A organização adverte que quem não se preparar, cidades ou países, enfrentará riscos maiores e faz um alerta. A sobrecarga do planeta é uma falha na organização do mercado consumidor mundial. Uma ameaça aos consumidores excessivos de recursos e, se não combatida, poderá terminar em catástrofe.

Propostas

Como solução, a organização portuguesa Zero defende a promoção de uma economia de bem-estar. Em outras palavras, em que a prosperidade não se defina apenas pelo crescimento do PIB. Mas sim, pela saúde ecológica, equidade social e bem-estar humano, em uma lógica de reorientar os sistemas produtivos e de consumo para os limites do Planeta seja respeitados. Simultaneamente, é preciso assegurar a satisfação de necessidades básicas e a qualidade de vida de todas as pessoas.

Aliás, segundo a Zero, vários países estão trabalhando neste sentido e que em Portugal outras associações como a Oikos e Último Recurso prepararam uma proposta de Lei com este intuito.

Fonte: agênciabrasil