Inscrições abertas para o festival Planeta.doc, que leva discussões socioambientais para escolas e universidades com cineastas
O Festival Internacional de Cinema Socioambiental Planeta.doc está com inscrições abertas para escolas e universidades brasileiras que queiram promover debates sobre questões socioambientais trazidas por cineastas nacionais e internacionais.
A plataforma do evento disponibiliza a partir desta segunda-feira (01), uma mostra com os 48 filmes vencedores de sua sétima edição. Nas categorias Planetadoc Internacional, Planetadoc Brasil e por fim Planetadoc Santa Catarina.
O evento segue com programação contínua até 31 de dezembro. A oitava edição do festival tem início em 24 de outubro trazendo mais de 100 filmes nacionais e internacionais de caráter socioambiental.
O festival abre com a realização do Planetadoc Conferencia, em formato online. O ciclo de conferências, intitulado “Decoloniza Já!” trará pensadores do Brasil e do mundo com tema centrado na decolonização ou decoloneidade. O pensamento decolonial é um pensamento que se desprende de uma lógica de um único mundo possível e se abre para uma pluralidade de vozes e caminhos.
Para acessar os filmes e receber todas as informações do evento, basta se cadastrar neste link.
Oitava edição
A oitava edição do Festival Planetadoc inicia com o Planetadoc Conferência 2022 “Decoloniza Já!”. Com um ciclo de palestras nacionais e internacionais centrado na temática da Decolonização. O evento aborda esta discussão paradigmática a partir da voz de pensadores, cineastas, ativistas e cientistas que mais tem contribuído para o debate internacional e latino-americano sobre o tema.
A decolonização ou decoloneidade é o processo que implica uma mudança nas formas de subordinação e exploração produzidas pelas estruturas hegemônicas do sistema-mundo/capitalista-patriarcal/moderno-colonial, que de acordo com sociólogo Ramon Grosfoguel naturalizou padrões de poder raciais, territoriais, epistêmicos e culturais.
Em outras palavras, os povos originários e africanos – com suas próprias diversidades etnoculturais – não foram considerados na construção das novas sociedades e foram afastados da participação em instituições e organizações do poder público, como bem destacou o sociólogo peruano Aníbal Quijano em seus estudos.
O Estado-nação emergente perderá, assim, seu caráter de unidade político-cultural e se reduz à condição de bloco político-institucional. Suas funções são reguladoras no campo da economia e administrando a justiça e a violência como mediador de conflitos entre os diferentes atores sociais (A. Hamamé, Hopenhayn, 2002)”.
Para se inscrever para o evento e a conferência basta acessar a página de cadastro da plataforma.