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Plano Nacional de Fertilizantes começou a sair do papel com o início da operação da 1ª nova fábrica do insumo desde a sua implantação

Plano Nacional de Fertilizantes tem 1ª nova fábrica inaugurada

Complexo da multinacional EuroChem em Minas aumentará em 15% a produção nacional de fertilizantes fosfatados

Lançado em março de 2022, no governo Jair Bolsonaro (PL), o Plano Nacional de Fertilizantes começou a sair do papel nesta semana, com o início da operação da 1ª nova fábrica do insumo desde a sua implantação. O projeto é fruto de um investimento de US$ 1 bilhão da EuroChem, gigante mundial do setor de origem russa e sediada na Suíça.

O plano tem como objetivo central aumentar a produção brasileira de fertilizantes em 50% até 2050. Atualmente, mais de 87% dos fertilizantes usados pela agricultura são importados. A meta é chegar até a metade do século com uma produção nacional capaz de atender de 45% a 50% da demanda interna, além de criar oportunidades e empregos para os brasileiros.

O novo complexo inclui uma mina de fosfato, fábricas de insumos e unidade misturadora com capacidade de produção de 1 milhão de toneladas de fertilizantes fosfatados por ano. A planta foi erguida no município de Serra do Salitre (MG), na região do Triângulo Mineiro, e será voltada 100% para o atendimento do mercado nacional.

Nova fábrica deve aumentar em 15% a produção nacional de fertilizantes fosfatados

A inauguração contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tem defendido a aceleração do plano nacional e novas fábricas nacionais de fertilizantes. O presidente tem ensaiado uma aproximação com o agronegócio e pretende fazer anúncios para o setor em suas próximas viagens.

Também participaram do evento o vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB); o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); e os ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

A nova fábrica deve aumentar em 15% a produção nacional de fertilizantes fosfatados quando estiver totalmente em operação. Trata-se de um insumo químico fundamental para o crescimento das plantas, sendo um dos 3 principais tipos ao lado dos nitrogenados e potássicos.

A norueguesa Yara Fertilizantes comprou o projeto de mineração em 2021 por US$ 450 milhões. Assim, etomaram a obra em julho de 2022 pela EuroChem, que investiu cerca de US$ 500 milhões para concluir o empreendimento.

1ª unidade de mineração e fabricação integral de fertilizantes do Grupo EuroChem fora da Europa

Essa será a 1ª unidade de mineração e fabricação integral de fertilizantes do Grupo EuroChem fora da Europa. A companhia já opera no Brasil com 21 misturadoras que são plantas que misturam as matérias-primas recebidas para distribuição regional.

De acordo com Horbach, o investimento reduzirá a dependência de importações de fertilizantes do Brasil. Também vai permitir uma maior atuação da empresa com fosfatados. Uma vez que a maior parte da sua produção global hoje é de fertilizantes com base de nitrogênio e potássio.

A mina de rocha fosfática da Serra do Salitre tem teor de fosfato de aproximadamente 4%. Depois da extração, a rocha passa por processo de beneficiamento em que produzido um concentrado que tem 33% de fosfato.

Além do beneficiamento da rocha, o complexo conta com fábricas de ácido sulfúrico e fosfórico, então adicionados ao concentrado na unidade de mistura. Durante a fase de construção, 3.000 pessoas trabalharam na obra. Depois que entrar em operação, o complexo deve empregar 1.000 trabalhadores diretos e criar outras 300 vagas indiretas, segundo a EuroChem.