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Pesquisadores estimam que 80% dos plásticos que vão para os oceanos vêm da terra

Plástico ameaça espécies migratórias na Ásia-Pacífico, alerta a ONU

Relatório aponta que as espécies na Ásia-Pacífico já estão enfrentando perda de habitat, pesca predatória, poluição industrial e mudanças climáticas

De golfinhos de água doce capturados em redes de pesca a elefantes em aterros sanitários, as espécies migratórias são mais vulneráveis ​​à poluição por plástico, de acordo com um relatório da ONU sobre a região da Ásia-Pacífico divulgado na terça-feira, que pede um melhor combate a este flagelo.

Este relatório da Convenção sobre a Conservação de Espécies Migratórias de Animais Selvagens, também conhecida como Convenção de Bonn, enfoca os impactos do plástico em espécies de água doce, espécies terrestres e pássaros.

É lançado dias antes da abertura do congresso da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), que incluirá uma moção pedindo o fim da poluição por plásticos até 2030.

80% dos plásticos que vão para os oceanos vêm da terra

À medida que essas espécies se movem por diferentes ambientes, incluindo áreas industrializadas e poluídas, elas têm maior probabilidade de ficarem altamente expostas a plásticos e contaminantes associados, diz ele.

Os pesquisadores, portanto, estimam que 80% dos plásticos que vão para os oceanos vêm da terra. Os rios, portanto, desempenham um papel vital no transporte desses resíduos.

O relatório, dessa forma, destaca duas regiões, as bacias do Ganges e do Mekong. Juntas trazem 200.000 toneladas de plástico para os oceanos Índico e Pacífico a cada ano.

Redes de pesca

As redes de pesca perdidas estão entre as principais ameaças. Especialmente, para os golfinhos do Irrawaddy que vivem no Mekong e os já ameaçados golfinhos do Ganges.

Aves migratórias, como o albatroz-de-pés-negros, nem sempre conseguem distinguir pedaços de plástico de suas presas. E, nesse dessa maneira, podem engolir esses detritos por engano ou alimentar seus filhotes, disse o relatório.

Elefantes asiáticos, no entanto, foram vistos jogando lixo em aterros sanitários no Sri Lanka e comendo plástico na Tailândia, de acordo com o relatório.

O relatório, dessa forma, aponta que as espécies na Ásia-Pacífico já estão enfrentando perda de habitat, pesca predatória, poluição industrial e mudanças climáticas. Apela, assim, a ações para evitar que os plásticos acabem na natureza. Ou melhor, para uma melhor reciclagem e para uma melhor compreensão dos efeitos desta poluição nas espécies migratórias.

Ft: journaldemontreal