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Rebeca Andrade enfrentou diversas lesões antes de chegar às Olimpíadas

Prata de Rebeca Andrade na ginástica artística vem com superação pessoal

Brasileira se destaca na ginástica artística, enfrentou diversas lesões antes das Olimpíadas, três cirurgias no joelho

Rebeca Andrade conquistou a primeira medalha olímpica feminina da história da ginástica artística do Brasil, com a prata no individual geral em Tóquio 2021 (29/07). Apesar de o Brasil ter uma tradição forte na ginástica artística, o país jamais havia conquistado uma medalha feminina em Olimpíadas.

O Brasil conquistou diversas medalhas de ouro em campeonatos mundiais e participação em finais olímpicas, além de dominar o esporte na América do Sul.

Esta é a terceira prata da ginástica olímpica brasileira, que no total conquistou cinco medalhas (um ouro, três pratas e um bronze).

Rebeca Andrade começou a primeira prova com o melhor dos saltos

A final olímpica do individual geral da ginástica artística feminina deste ano foi marcada pela desistência na véspera de Simone Biles. A superestrela americana do esporte disse querer priorizar sua saúde mental. Ela assistiu às apresentações, apoiando suas compatriotas e ginastas de outros países que disputavam a final.
Rebeca Andrade começou a primeira prova com o melhor dos saltos entre todas as competidoras. Nas barras assimétricas, a americana Sunisa Lee teve a melhor performance e encostou em Rebeca no placar.

Nas traves, Rebeca Andrade perdeu a liderança. No entanto, a brasileira conseguiu uma revisão da sua nota para cima. Entrou com um recurso pedindo avaliação do árbitro de vídeo.

Na última prova, a apresentação no solo, Rebeca precisava de 13.802 pontos, mas obteve 13.666. Ao som de “Baile de Favela”, ela fez uma rotina com alta dificuldade. Aterrissou duas vezes fora do espaço. O placar final foi: Sunisa Lee (43,733) pontos, Rebeca Andrade (43,632) e a russa Vladislava Urazova (43,566).

Uma história pessoal de superação

Enquanto outras ginastas recebiam apoio de diversas outras atletas compatriotas, a brasileira comemorou a prata apenas com seus treinadores. Rebeca Andrade e a carioca Flavia Andrade são as únicas mulheres ginastas do Brasil em Tóquio 2021.

Natural de Guarulhos (SP), Rebeca Andrade, de 22 anos, tem uma história pessoal de superação.

Ela enfrentou diversas lesões para chegar às Olimpíadas, passou por três cirurgias no joelho e chegou a pensar em desistir da ginástica.

Em 2015, ela rompeu o ligamento cruzado do joelho direito. Algo que se repetiu em 2017. Então, operou o joelho direito pela terceira vez. Naquela ocasião, faltava apenas um ano para os Jogos e Rebeca ainda não havia obtido classificação.

Momentos desafiadores

Em uma competição olímpica marcada pela discussão aberta sobre saúde mental, assunto trazido à tona pela estrela Simone Biles, Rebeca também teve seus momentos desafiadores.

Ela diz que recebeu muito apoio da sua mãe e do treinador Francisco Porath para superar os momentos de dificuldade. Inclusive, teve que morar no Rio de Janeiro, longe da família.

Desde os 13 anos de idade, ela recebe apoio de uma psicóloga — que Rebeca diz ter sido fundamental na sua trajetória. Além da solidão, enfrentou a ansiedade com os problemas físicos que poderiam ter encerrado sua carreira.

Ft: bbc, foto,tribunaminas