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Na indústria de alimentos, queda no ano é de -2,27%. Queda reverte tendência de aumento observada no ano anterior.

Preços para a indústria têm terceira queda e redução média é de 0,93% no ano

Na indústria de alimentos, queda no ano é de -2,27%. Queda reverte tendência de aumento observada no ano anterior

Os preços da indústria registraram variação negativa de 0,36% em abril frente a março (-0,60%), terceiro mês seguido de queda, após uma sequência de 12 resultados positivos consecutivos. O Índice de Preços ao Produtor (IPP) tem queda acumulada no ano de -0,93%. Em abril de 2024, a taxa mensal havia sido de 0,67%.

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação mede os preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange as grandes categorias econômicas.

Em abril de 2025, 8 das 24 atividades industriais pesquisadas apresentaram variações negativas de preço quando comparadas ao mês anterior. Acompanhando a variação do índice na indústria geral. Em março, 11 atividades haviam apresentado menores preços médios em relação a fevereiro de 2025.

Na comparação com março, o setor que mais influenciou o resultado foi Refino de petróleo e biocombustíveis. Responsável por -0,35 ponto percentual (p.p.) de influência na variação de -0,36% da indústria geral.

Setor de alimentos

Outras atividades que também se sobressaíram foram Indústrias extrativas, com -0,20 p.p. de influência; Alimentos, com 0,18 p.p.; e outros produtos químicos, com -0,09 p.p. O resultado tem contribuição da Petrobras, que vem reduzindo o preço dos combustíveis para as distribuidoras.

Brandão ressalta, ainda, que o setor de refino de petróleo “já apresentava um resultado negativo em março, embora de menor influência (-0,06 p.p., em -0,60%). Naquele momento, os produtos destacados não eram os de maior peso no cálculo do setor. Em abril, a queda de preços do setor se intensificou e a principal influência veio de óleo diesel, produto de maior peso no cálculo do setor, com mais de 45%”.

Já o setor de Alimentos (0,72%), mostrou variação positiva pela primeira vez no ano. Com isso, o acumulado no ano foi de -2,27%, contra -2,97% de março. No acumulado em 12 meses, a variação foi de 13,19%.

Preço de carnes bovinas

Para Alexandre Brandão, a inversão de variação negativa, em março, para positiva em abril, está particularmente atrelada ao fato de o preço de carnes bovinas frescas ou refrigeradas ter avançado positivamente. O fato que está em linha a um menor contingente de cabeças disponíveis para o abate.

A variação mais intensa entre as atividades pesquisadas foi a das Indústrias extrativas (-4,43%).

Com isso, o acumulado no ano foi a -12,33% (em abril de 2024, estava em 1,64%) e o em 12 meses a -9,42% (o mais intenso desde julho de 2023, -28,32%).

Foi a variação mais intensa tanto no resultado mensal, quanto no acumulado no ano, ambos negativos. Além de ser a segunda influência no mensal (-0,20 p.p., em -0,36%), a primeira no acumulado no ano (-0,59 p.p., em -0,93%) e a quarta no acumulado em 12 meses (-0,47 p.p., em 7,27%), neste indicador, a única negativa entre as quatro destacadas. Ou seja: 0,01% de variação em bens de capital (BK); -1,23% em bens intermediários (BI); e 0,83% em bens de consumo (BC), sendo que a variação observada nos bens de consumo duráveis (BCD) foi de 0,21%, ao passo que nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis (BCND) foi de 0,95%.