IPCA-15 foi influenciado pela alta da gasolina
A prévia da inflação oficial ficou em 0,35% em setembro, 0,07 ponto percentual acima da taxa de agosto, de 0,28%. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), divulgado nesta terça-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), portanto, soma 3,74% ao longo deste ano e 5% nos últimos 12 meses. Em agosto, o acumulado de 12 meses ficou em 4,24%.
Assim, tiveram alta em setembro seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados. No entanto, o aumento de 5,18% no preço da gasolina fez o item transporte ter o maior impacto no IPCA-15, representando 0,41 ponto percentual do resultado. O grupo habitação apresentou alta de 0,30%, ou seja, uma desaceleração em relação ao mês anterior, de 1,08%.
Em saúde e cuidados pessoais, com alta de 0,17%, o destaque foi a alta no item plano de saúde de 0,71%, devido aos reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos contratados antes da Lei nº 9.656/98, que dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde, com vigência retroativa a partir de julho. “Desse modo, no IPCA-15 de setembro foram apropriadas as frações mensais dos planos antigos relativas aos meses de julho, agosto e setembro”, explica o IBGE.
Alimentação em casa
A alimentação em casa ficou mais barata 1,25% pelo terceiro mês seguido, conforme a pesquisa do IBGE. O grupo alimentação e bebida teve uma retração de 0,77%. Entre os produtos que ajudaram a puxar os preços para baixo estão: batata-inglesa (-10,51%), cebola (-9,51%), feijão-carioca (-8,13%), leite longa vida (-3,45%), carnes (-2,73%) e frango em pedaços (-1,99%).
O IBGE divulgou também o IPCA-E, equivalente ao IPCA-15 acumulado no trimestre julho, agosto e setembro, que ficou em 0,56%.
Inflação oficial
Em economia, a inflação é um aumento geral nos preços de bens e serviços em uma economia. Quando o nível geral de preços aumenta, cada unidade de moeda compra menos bens e serviços; consequentemente, a inflação corresponde a uma redução do poder de compra do dinheiro. O oposto da inflação é a deflação, uma diminuição sustentada do nível geral de preços de bens e serviços. A medida comum de inflação a taxa de inflação, a variação percentual anualizada de um índice de preços geral. Como os preços não aumentam todos na mesma proporção, se utiliza frequentemente o índice de preços ao consumidor (IPC) para esse fim.
Fonte: Agência Brasil