Em comparação com maio do ano passado, o resultado teve um crescimento de 3,2% e de 4% em 12 meses
O IBC-Br, índice do Banco Central considerado uma prévia do PIB, registrou queda de 0,7% em maio, em comparação com abril. Foi a primeira redução em quatro meses. Em comparação com maio do ano passado, o resultado teve um crescimento de 3,2% e de 4% em 12 meses.
Segundo o professor de Economia da UnB, Cesar Bergo, essa queda foi maior que o esperado.
“Em decorrência, sobretudo, do desempenho do agronegócio, que vinha sustentando a economia no primeiro trimestre e agora houve um recuo significativo das atividades. Também a indústria não contribuiu, caindo, apenas o serviço ficou estável, estagnado. Isso fez com que as expectativas de mercado apontavam por uma queda menor e superou a expectativa apresentando essa queda”.
De acordo com Cesar Bergo, o esfriamento da economia e a queda da inflação podem dar espaço para uma redução na taxa básica de juros, atualmente bastante restritiva, em 15% ao ano.
“As questões econômicas foram influenciadas talvez pela questão do tarifarço, mas também ainda muito forte pela política restritiva, pode melhorar um pouco o cenário do segundo semestre, se houver por parte do Banco Central um refluxo, né, na questão da política monetária”.
O IBC-Br usa dados da agropecuária, indústria, serviços e arrecadação de impostos para acompanhar mês a mês a evolução da atividade econômica. Ele auxilia o Banco Central na definição da taxa básica de juros nas reuniões do Comitê de Política Monetária. A próxima é no fim deste mês.
Fonte: agênciabrasil