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No futuro, o maior aparelho de ressonância magnética do mundo conseguirá identificar detalhes com menos da metade de um milímetro

Primeiras imagens do maior aparelho de ressonância magnética do mundo

No futuro, o maior aparelho de ressonância magnética do mundo conseguirá identificar detalhes com menos da metade de um milímetro

Os cientistas escolheram uma abóbora para testar o maior  aparelho de ressonância magnética do mundo, com 11,7 teslas. Os aparelhos de ressonância magnética hospitalares usados hoje, normalmente ficam entre 1,5 e 3 teslas.

Para atingir essa intensidade de campo magnético do maior aparelho de ressonância magnética do mundo, dessa forma, o eletroímã é alimentado por uma corrente elétrica de 1.500 amperes. As bobinas são feitas de material supercondutor, o que exige que sejam resfriadas permanentemente por hélio super fluído a -271,35 °C.

O campo magnético de 11,7 T é um recorde mundial no campo da ressonância magnética para tal volume. Bem como, um recorde absoluto com este tipo de material supercondutor.

Em testes no laboratório NeuroSpin, da Comissão de Energia Atômica da França, o equipamento atingiu uma resolução de 400 micrômetros em três dimensões. Em outras palavras, quando utilizarem para fazer exames reais, o maior aparelho de ressonância magnética do mundo conseguirá identificar detalhes com menos da metade de um milímetro.

O aparelho pesa 132 toneladas e tem 5 metros de comprimento. Bem como, 5 metros de diâmetro externo e 90 cm de diâmetro interno – para permitir a passagem de todo um corpo humano.

O novo aparelho deverá trazer benefícios para as pesquisas fundamentais, para as ciências cognitivas e para a compreensão de patologias cerebrais.

As primeiras imagens do aparelho de ressonância

Maior aparelho de ressonância magnética do mundo capta primeiras imagens

“O desenvolvimento do ímã desse projeto foi uma aventura humana, tecnológica e industrial excepcional. Vê-lo se concretizar com a obtenção da força de campo nominal do ímã – 11,7 T – seguida por essas primeiras imagens de alta resolução, mostra o quanto ele é promissor,” diz entusiasmada Anne-Isabelle Etienvre, membro da equipe.

Mesmo com os excelentes resultados iniciais, várias otimizações ainda precisam ser feitas, o que faz a equipe acreditar ser possível obter imagens de qualidade próxima a uma resolução de 100 a 200 micrômetros a 11,7 T, antes que o aparelho seja totalmente comissionado e as primeiras imagens “in vivo” sejam feitas em pacientes humanos. Assim também, a equipe vai trabalhar nos próximos meses nas verificações finais dos equipamentos de imagem e nos primeiros testes da bobina de radiofrequência.

Em 2022, um novo projeto, European Aroma, irá desenvolver uma metodologia para a operação desta nova categoria de ressonância magnética. Assim que as autoridades de saúde derem sua aprovação, a nova ressonância magnética irá conduzir pesquisas com a ajuda de voluntários.

Fonte: Diário da Saúde – Foto: Divulgação