Os 20 sobreviventes fazem parte dos 251 reféns sequestrados pelo grupo Hamas no dia 7 de outubro de 2023
Israel está libertando 250 prisioneiros palestinos que cumprem penas de prisão perpétua e mais de 1.700 detidos em Gaza desde os ataques de 7 de outubro.
Essa liberação ocorre até antes, já que acordo inicial era de que soltassem os prisioneiros apenas quando os corpos dos mortos pelo Hamas também chegassem em Israel.
O primeiro grupo, de 7 reféns, libertado por volta das 2h e passa agora por exames médicos numa base militar de Israel, antes de se reunir com familiares.
Os últimos 13 sobreviventes em poder do Hamas foram entregues à Cruz Vermelha há pouco mais de uma, perto do fim do prazo previsto pelo cessar-fogo, que terminava às seis da manhã, pelo horário de Brasília.
Os 20 sobreviventes fazem parte dos 251 reféns sequestrados pelo grupo Hamas no dia 7 de outubro de 2023.
Na Faixa de Gaza, milhares de palestinos também estão reunidos desde ontem à noite para receber os prisioneiros que serão libertados por Israel.
O acordo de cessar-fogo prevê que o governo de Netanyahu vai soltar quase 2 mil prisioneiros, incluindo 250 condenados à prisão perpétua.
Em meio à libertação dos reféns, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desembarcou em Israel pouco antes das 4h.
O republicano já se encontrou com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu; Assim, discursa no Parlamento de Israel e vai se reunir com familiares dos reféns. Ainda a bordo do Air Force One, o presidente americano disse que a guerra já acabou.
O discurso de Trump contradiz o pronunciamento do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
Nesse domingo (12), o líder israelense classificou a libertação dos reféns como um evento histórico, mas declarou a campanha militar na Faixa de Gaza ainda não acabou.
O governo de Israel preparou uma grande estrutura, principalmente na área da saúde, depois de 738 dias de cativeiro.
Pedidos das famílias
Os preparativos feitos em cooperação com o Ministério da Saúde, outras pastas do governo e agências de segurança.
De acordo com o plano, distribuirão os reféns entre os hospitais com base em sua condição médica, idade e localização, levando ainda em consideração os pedidos das famílias.
O objetivo visa garantir cuidados médicos ideais, reabilitação emocional e máxima privacidade.
Depois, feridos ou com doenças crônicas transferidos para unidades de terapia intensiva ou clínica médica, e os estáveis internados em enfermarias especializadas.
Enquanto isso, grupos de ajuda humanitária intensificaram os esforços de socorro à população da Faixa de Gaza, com envio de dezenas de caminhões com alimentos e suprimentos médicos ao território, que vive um quadro de fome generalizada.
Hamas reafirma o compromisso com o acordo de cessar-fogo
Milhares de palestinos retornaram às áreas esvaziadas em busca de suas casas, mas 75% dos prédios atingidos pelos bombardeios israelenses.
Apesar do recuo, o Exército de Israel continua ocupando mais da metade do enclave.
O braço armado do Hamas divulgou um comunicado em que reafirma o compromisso com o acordo de cessar-fogo.
No texto, a facção diz que o acordo alcançado resulta da firmeza do povo e da resiliência dos seus combatentes da resistência. O grupo diz que a resistência estava ansiosa para parar a guerra de extermínio, mas o inimigo frustrou todos os esforços.
O Hamas diz que Israel não conseguiu recuperar seus prisioneiros por meio de pressão militar, apesar de sua inteligência superior e força excedente. A organização afirma que Israel, que ele chama de inimigo, se submete e recupera seus prisioneiros por meio de um acordo de troca, como a resistência prometeu desde o início.